A doméstica Maria Rita de Cássia Moraes acompanhou atenta no Iles (Instituto Londrinense de Educação de Surdos) toda a explicação sobre como deverá cuidar e utilizar o aparelho auditivo. Fazia cerca de oito meses que ela aguardava pelo equipamento. “Uso aparelho nos dois ouvidos desde 2015, quando fui perdendo a audição. É ruim não usar, porque não consigo entender o que as pessoas falam, tenho dificuldade. Estou feliz por agora poder voltar a utilizar”, comemorou.
Ela foi uma das contempladas com o terceiro mutirão de saúde auditiva, lançado nesta terça-feira (14) pela Prefeitura de Londrina. A meta é zerar até o final deste ano a fila de pacientes que esperam pelo aparelho. Hoje são aproximadamente mil pessoas, entretanto, o número vai aumentando a cada dia. “Serão 250 aparelhos por mês entregues à população. Durante a pandemia acabou diminuindo os atendimentos eletivos e identificamos pacientes aguardando até mais de dois anos para ter acesso ao aparelho auditivo”, explicou Felippe Machado, secretário municipal de Saúde.
É o caso da aposentada Odirce Aparecida Caldas, que tem 81 anos e havia dado entrada para ter o equipamento por meio do poder público há dois anos. “Ela não escuta muito pouco sem o aparelho e agora vai melhorar, principalmente a qualidade de vida”, destacou a filha dela, a professora aposentada Maria Marcolina Caldas.
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O Iles – que já presta serviços ao município - terá um aporte no convênio para ampliar as ações e distribuição de aparelhos auditivos. Até dezembro serão mais R$ 130 mil mensais no contrato. “Nosso papel é fazer as consultas, detectar a necessidade e implantar (o aparelho)”, frisou a presidente do instituto, Ivany Vaquero. “A incidência da surdez nas crianças diminuiu bastante por conta das vacinas, assistência disponível nos postos e conscientização da população. Nos idosos vem crescendo a necessidade e é a área que estamos atuando com bastante ênfase”, acrescentou.
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