A mudança de zoneamento da Rua Castro Alves, no Jardim Shangri-lá (zona oeste de Londrina), prevista em projeto de lei aprovado na semana passada pela Câmara Municipal, está sendo criticada pela maioria dos moradores. Um dos principais argumentos é que escolheram o local para morar justamente por ser uma área residencial, capaz de oferecer tranqüilidade às pessoas. O projeto de lei do vereador Flávio Vedoato (PL) inclui a via no quadro de Zona Comercial 6 (ZC-6), que permite a instalação de qualquer comércio que não apresente atividades nocivas, incômodas ou poluentes.
O militar aposentado Benjamin Pinto da Rocha, que mora na rua há três anos, considera a mudança de zoneamento 'uma traição'. 'Sou completamente contra. Quando a gente opta por morar numa área residencial, queremos sossego. A ausência de consulta aos moradores é uma falta de respeito, um sinal de desprezo', considera Rocha.
Na Castro Alves predominam as residências. Os moradores contam que há alguns meses a rua começou a receber comércio, como depósito de material de construção, estacionamento de uma construtora sediada na Avenida Tiradentes e uma empresa de segurança.
Além da Rua Castro Alves, a Câmara aprovou na última quinta-feira a mudança de zoneamento de mais cinco vias: a Juvenal Alves de Camargo, entre os jardins Tocantins e Paraty; Maria Vidal da Silva, no Jardim Acapulco (zona sul); Izidoro Dias Lopes, no conjunto Habitacional Sebastião de Melo Cesar (zona norte); Francisco Garcia Campos, no Jardim Itaparica; e Rudolph Diesel, na Vila Industrial (zona oeste).
* Leia mais em reportagem de Silvana Leão na Folha de Londrina/Folha do Paraná desta terça-feira