A Frente Brasil Popular e o PT são os organizadores da mobilização em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff, marcada para às 17 horas de hoje, nas principais cidades do País. Sob o título "Em defesa da democracia", os atos no Paraná acontecerão em Curitiba, na Praça Santos Andrade; em Londrina, no Calçadão, na frente do Banco do Brasil; e em Maringá, na Praça Raposo Tavares. Dia 31 de março, o golpe militar completa 52 anos.
Após a concentração no centro de Londrina, os organizadores vão fazer uma caminhada até a Concha Acústica, onde estão programadas apresentações culturais. O professor de comunicação da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Manoel Dourado Bastos, afirmou que o movimento pretende chamar a atenção da sociedade para uma "situação esdrúxula, onde a presidente corre risco de sofrer o impeachment, mesmo sem ter cometido crime no exercício do mandato". "A saída da presidente não resolverá nada, pois a corrupção está no sistema político brasileiro, seria apenas uma cortina de fumaça. As mudanças precisam ser mais profundas", disse Bastos, explicando que não é filiado a nenhum partido. Ele foi convidado para participar do ato.
A Frente Brasil Popular, integrada por 60 movimentos sociais e apoiada pelo movimento Povo Sem Medo, do PSOL, pretende levar 100 mil pessoas a Brasília, com o slogan "golpe nunca mais". Os atos também vão criticar a reforma da Previdência e o ajuste fiscal do próprio governo.
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Segundo o dirigente nacional do Movimento dos Sem-Terra (MST), Gilmar Mauro, "as organizações sociais defendem que a tentativa de retirar Dilma da Presidência é um golpe à democracia". "A data é emblemática, pois lembra o golpe militar de 1964. As frentes definiram que o foco principal é a marcha para Brasília e vamos estar lá, mas também vamos ter mobilizações no interior." (Com Agência Estado)