O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Londrina (Sinttrol) está organizando uma manifestação na Câmara Municipal durante a sessão desta terça-feira (14). Eles devem falar aos vereadores sobre o indicativo de greve aprovado em assembleia na sexta-feira da semana passada. A paralisação se daria porque a data-base da categoria foi em 1º de junho e ainda não obtiveram reposição salarial.
Eles pedem reajuste de 6%, referente à inflação anual e 4% de ganhos reais. As empresas que operam o transporte coletivo em Londrina – Francovig e TCGL – alegam não poder suportar o aumento porque a tarifa do transporte coletivo está congelada há 42 meses em R$ 2.
A manifestação "contra os vereadores" se dará em razão da Comissão Especial de Investigação (CEI), presidida por Joel Garcia (PDT) ter entendido que a tarifa poderia ser ainda menor – de R$ 1,99 – após análise da planilha.
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Em nota, o Sinttrol afirma que a é digna de respeito, "mas não pode admitir a manipulação de dados técnicos e estatísticos que valem para a definição dos preços em todo o Brasil, apenas para justificar uma posição política. Isso é quebra de contrato". A declaração se dá em razão de erros apontados feitos pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) nos cálculos da CEI.
Segundo a companhia, os vereadores usaram dados equivocados como o número de veículos e de funcionários. Corrigidos os erros, afirma a CMTU, o valor da passagem iria para R$ 2,22. As divergências entre a companhia e a CEI ocasionaram a saída de Joel Garcia da liderança do Executivo na Câmara.
Na nota, o Sinttrol também se refere às declarações de membros da CEI – conforme publicado na edição de hoje da Folha de Londrina – de que irão protocolar projeto de lei autorizando transporte coletivo em vans e kombis, no caso de greve no transporte coletivo. "A idéia de liberar e até incentivar a invasão de perueiros, vans e lotações, transporte pirata na cidade, é altamente pernicioso ao Transporte Regular Público; é prejudicial aos mais pobres que dependem do serviço regular, uma vez que os perueiros só trafegam em linhas, itinerários e horários superavitários, não atende o interesse público comunitário"