O Museu do Café mantém até o fim do mês a exposição multimídia “As casas de madeira de Londrina”, focada em obras arquitetônicas de madeira que podem ser encontradas pela cidade. As visitas são gratuitas e abertas a todos os públicos, podendo ser feitas até o dia 31 de janeiro.
A exposição conta com 137 obras visuais, sendo 80 fotografias de 15×20 e 24 monóculos, que podem ser manuseados pelos visitantes, além de 33 imagens de 30×45, enquadradas nas paredes. No ambiente, também será possível escutar entrevistas com os moradores antigos das casas, onde é abordado o vínculo afetivo das famílias com a cidade a partir das características arquitetônicas do período de colonização do Norte do Paraná.
O acervo fotográfico e documental apresenta construções que datam das primeiras décadas de Londrina, presente nos bairros mais antigos da região central, como Centro, Vila Brasil, Vila Casoni, Vila Nova, Vila Recreio, Vila Shumabokuro e Petrópolis.
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Idealizado e dirigido pela arquiteta Gabriela Oliveira Wedekin, o projeto cultural é uma espécie de atualização do trabalho de Carlos Bozelli, autor do livro “Arquitetura de Madeira na Zona Urbana de Londrina”, publicado em 2004.
Além de Wedekin, que assina as fotos, a equipe é composta por Erica Matsuda, que cuidou da produção e comunicação; Renata Mariana Landgraf, responsável pela edição e tratamento dos áudios; Eduardo Paiva Haguio, assistente de montagem e produção da exposição; Eluanna Ribeiro, que desenvolveu a identidade visual; e Marcos Zanatta, assistente do trabalho de campo.
“Esse projeto visa valorizar o patrimônio vernáculo e resgatar a memória urbana de Londrina, destacando a presença e a importância das casas de madeira na história da cidade”, destacou Wedekin.
O projeto possui patrocínio da Prefeitura de Londrina, por meio da SMC 9Secretaria Municipal de Cultura), através do Promic (Programa Municipal de Incentivo à Cultura).
O Museu do Café, onde ocorre a exposição, está vinculado ao Sesc Londrina Cadeião, localizado na Rua Sergipe, 52, no Centro. E fica aberto das 9h às 21h de terça a sexta-feira, e das 10h às 18h nos sábados e domingos.
PROCESSO
Segundo Wedekin, a escolha das casas registradas teve foco nos bairros mais antigos da região central. O mapeamento foi realizado por meio do Google Earth, com base em uma atualização das fotografias de Carlos Bozzelli, considerando elementos como ornamentos, formatos de telhados, conjuntos de casas de madeira e agrupamentos de casas de madeira em um mesmo lote, entre outros. Com os espaços definidos, foram feitos os registros fotográficos e as entrevistas com moradores.
“O foco das entrevistas foi em moradores mais antigos, com o objetivo de obter relatos e memórias sobre as casas e a região. Alguns foram encontrados já em frente às suas casas, enquanto outros nós batemos palmas e convidamos a participar. As únicas exceções foram uma moradora já conhecida de um dos membros da equipe e um senhor cujo tio foi responsável pelo loteamento do bairro Vila Shimabokuro, que tem uma predominância de influências da cultura japonesa”, contou Wedekin.
Para a exposição, foram priorizadas as residências dos 10 moradores entrevistados, selecionadas para compor a parede principal. Entretanto, outras casas com elementos arquitetônicos de destaque também foram escolhidas, buscando a representatividade de exemplares de diferentes bairros.