O secretário municipal do Ambiente, Carlos Levy, deve receber hoje do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) projeto arquitetônico de um pombal, recinto que deverá ser utilizado como dormitório pela Columba livia, a pomba urbana. Ainda não foi decidido onde será instalado o pombal, mas há três possibilidades: o Bosque, o Cemitério São Pedro ou uma das praças da região central.
"O projeto deve ser enviado hoje para a Sema", afirmou Carlos Levy ao Bonde. Ele explicou que o pombal - que provavelmente terá estrutura mista, de madeira e alvenaria - deverá reunir os pombos à noite permitindo que a sujeira fique concentrada em um único local, facilitando a limpeza. Com a concentração deles, também será possível identificá-los, colocando um anel na pata, e fazer o controle sanitário, analisando a saúde das aves.
O pombal permitirá ainda o controle populacional, já que a maior parte dos pombos será cadastrada e os ninhos construídos no pombal serão balançados durante o dia para que os ovos não vinguem. "Mas primeiro teremos que atrair as pombas para lá, porque as pombas não vão para qualquer lugar sem uma atração", explicou o secretário. Sem o projeto, ainda não foram definidos custos.
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Segundo o professor de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Londrina, Ivens Gomes Guimarães, a cidade já teve um pombal em 1980, que funcionava no Bosque central.
Amargosas
O pombal não deverá resolver o problema das pombas menores, as margosas, que se alimentam e se reproduzem normalmente na zona rural. "Para diminuir esta espécie, estamos desenvolvendo ações em conjunto com as diversas entidades que compõem o Conselho Sanitário", disse Levy. "Isso vai desde a diminuição do desperdício de grãos até a recuperação mata ciliar, que serve de habitat natural dos pombos". As margosas dormem na zona urbana e contribuem para aumentar a sujeira.
Para diminuir a concentração das amargosinhas na região central também estão sendo testados equipamentos sonoros que irritam a ave e fazem com que ela deixe de frequentar o local onde atingido pelas ondas sonoras. "A terceira versão do equipamento já apresentou resultados mais promissores, reduzindo em 40% a presença das aves", disse Levy.
Abate
O secretário não descarta a possibilidade do abate de aves, cujo projeto já está pronto. "Mas essa é a última alternativa, depois de termos tentados outras formas menos drásticas.