Devido à morte de dois macacos, decorrentes da febre amarela, encontrados no Parque Nacional de Brasília (DF) em dezembro passado, e a morte de um trabalhador rural, ocorrida no último sábado (dia 5), em Goiânia (GO), que apresentou sintomas de febre amarela, o Ministério da Saúde aconselha que todas as pessoas que ainda não foram vacinadas para prevenir a doença amarela, tomem a dose, evitando assim futura contaminação.
Conforme a gerente de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Sônia Fernandes, todas as unidades básicas de saúde (ubs) do município estão preparadas com as doses da vacina, que devem ser tomadas pelas pessoas de dez em dez anos, a partir dos nove meses de idade.
Sônia Fernandes lembrou que existem dois tipos de febre amarela: a urbana, que é transmitida pelo mosquito Aëdes aegypti, mesmo transmissor da dengue; e a silvestre, cuja transmissão da doença é feita por intermédio de mosquitos do gênero Haemagogus. Ela afirmou que, em 1999, foi realizada uma grande campanha de vacinação em todo o país, mas que mesmo com isso, existe um volume grande de pessoas que ainda não foram vacinadas.
Leia mais:
'Dor sem fim', afirma mãe de jovem londrinense vítima do Maníaco do Parque
Arte Total leva a diversidade cultural de Londrina à Associação Médica de Londrina
Projeto 'Orquestrando o Futuro' reúne cerca de 1.200 alunos no Ouro Verde
Hospitais de Londrina recebem concertos natalinos na próxima semana
A diretora de Epidemiologia ressaltou que o último caso de febre amarela urbana foi detectado há muito tempo, mas que a população deve ser alertada sobre o perigo da doença, já que o mosquito transmissor da doença voltou a estar presente, junto com a dengue.
Ela explicou que o único aspecto que difere a febre amarela urbana da silvestre, é o agente transmissor da doença. Sônia Fernandes salientou que o tipo de vacina é o mesmo para ambas e que os sintomas da doença também são semelhantes. A febre amarela causa inicialmente febre alta, mal estar, dores de cabeça e na musculatura, além de cansaço e calafrios.
A diretora de Epidemiologia destacou que a doença é comprometedora, e que é preferível tomar a vacina antes que seja diagnosticado algum caso na cidade.
Sônia Fernandes enfatizou que a dose da vacina deve ser tomada por todos os não imunizados, mas, principalmente, pelas pessoas que irão viajar para áreas de risco da doença. "Existem vários locais que têm maior propensão à febre amarela, como o Lago de Itaipu [Foz do Iguaçu/PR], o próprio estado de Goiás, que foi alvo do reaparecimento da doença, além de Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, entre outros", informou. Ela disse que os locais de risco são tomados por áreas de vegetação e matas, adequadas para a proliferação do mosquito que causa a febre amarela silvestre.
As informações são da Prefeitura de Londrina.