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No meio da greve

Vereador quer ônibus de graça para desempregados

Loriane Comeli - Redação Bonde
17 jul 2009 às 22:02

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Desempregados receberiam "carteirinha" da CMTU e poderiam andar de graça por até um ano; tarifa não poderia ser reajustada em razão do benefício - Folha de Londrina/Arquivo
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Ao lado de toda a polêmica acerca do transporte coletivo que envolve Londrina desde o final do ano passado e na iminência de uma greve de motoristas e cobradores, o vereador Roberto Fortini (PTC) coloca mais "gasolina na fogueira" e quer a concessão de passe livre para desempregados. Recentemente, Paulo Arildo (PSDB) propôs a tarifa domingueira, que prevê desconto de 50% para quem usar os ônibus aos domingos.

Em sua justificativa, Fortini alega que o benefício seria uma forma de incentivar os desempregados a buscarem uma ocupação. "...muitos desempregados não dispõem de numerários suficientes para sua própria subsistência, quem dirá custear sua passagem para locomoção para a procura de um novo emprego", anotou o vereador no projeto de lei 210/2009.

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Para conceder o benefício aos desempregados, o projeto determina que a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) cadastre todos os trabalhadores desempregados de Londrina e lhes conceda gratuitamente uma "carteirinha de desempregado".

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As informações deveriam ser atualizadas a cada 6 meses e, enquanto estiver recebendo o seguro-desemprego, o passageiro não terá direito ao passe livre, cujo período máximo de recebimento é de um ano.

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Para quem procura o primeiro emprego, seria concedido o benefício desde que comprovada esta situação pelo Sistema Nacional de Emprego (SINE).


No artigo 8º do projeto, Roberto Fortini determina que " em nenhuma hipótese poderá ser autorizado o aumento de tarifas do transporte coletivo urbano devido aos custos que o benefício previsto nesta possa originar". As despesas seriam bancadas pelo orçamento da CMTU.

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O projeto de Roberto Fortini foi encaminhado para parecer das comissões internas da Câmara, das quais, provavelmente, receberá parecer contrário, uma vez que prevê aumento de despesas e isto é iniciativa exclusiva do Executivo.


Hoje a tarifa do transporte coletivo em Londrina é de R$ 2, mas pode ser reajustada em breve, já que as empresas alegam prejuízo e o prefeito Barbosa Neto dá indícios de que aumentará. A Câmara, no entanto, a partir de estudo de uma CEI da planilha, entendeu que o valor poderia ser reduzido para R$ 1,99.

A divergência gerou a saída de Joel Garcia (PDT) da liderança do Executivo na Câmara.


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