A grande disparidade de preços entre a gasolina vendida no Brasil e na Venezuela está contribuindo para o aumento do contrabando na fronteira entre os dois países na região amazônica, segundo relata reportagem publicada nesta quinta-feira (07) pelo jornal The New York Times. As informações são da BBc Brasil.
O jornal observa que o preço do galão (4,5 litros) do lado brasileiro da fronteira é de cerca de US$ 5, enquanto do lado venezuelano ele custa apenas US$ 0,17. "Como se poderia esperar, essa estrondosa disparidade gerou um crescente mercado de contrabando de gasolina nessa remota e pouco povoada região da Amazônia", diz o texto.
"Os governos de ambos os países têm se movimentado para controlar o problema, mas o potencial de lucro é tão atrativo que qualquer medida que eles tomem simplesmente levará os contrabandistas a descobrir maneiras cada vez mais engenhosas de fugir da fiscalização", comenta a reportagem.
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Segundo o jornal, as diferenças de preço foram intensificadas pelas diferentes políticas energéticas adotadas pelos países.
A reportagem observa que a Venezuela é membro da Opep e um dos maiores produtores e exportadores de petróleo do mundo, produzindo 2,8 milhões de barris por dia.
Isso teria "permitido ao presidente Hugo Chávez adotar políticas petro-populistas", levando os venezuelanos a comentar que seu país "deve ser o único no mundo onde um galão de água é mais caro que um galão de gasolina".
O problema levou os governos a agir com controles na venda de gasolina no lado venezuelano da fronteira e uma maior fiscalização na região, segundo a reportagem.