Em reunião na tarde desta quarta-feira (19) a direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e o comando de greve dos trabalhadores discutiram uma nova proposta para colocar fim à paralisação que começou na quinta-feira (13).
Esta foi a primeira reunião das partes após a primeira audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), quando o ministro Milton de Moura França pediu que haja uma nova tentativa de acordo e deu prazo até esta quinta-feira (20) para os trabalhadores apresentarem seus argumentos no dissídio coletivo.
Durante a reunião, a direção da ECT apresentou uma nova proposta salarial para acabar com a greve de seus funcionários, que já dura uma semana. O comando de greve aceitou o pacote, que passará por assembléias nesta quinta-feira. A tendência é de que a proposta seja aceita.
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A nova proposta da ECT eleva de R$ 400 para R$ 500 o abono que seria dado aos funcionários. Os demais pontos são os mesmos que já tinha sido apresentado pela direção da estatal: aumento linear a todos os funcionários de R$ 60, reajuste de 3,74%, vale-alimentação extra de R$ 391 em dezembro, inclusão dos pais de novos funcionários no plano de saúde e auxílio-creche para até 7 anos de idade.
Caso as assembléias - que ocorrem nos 33 sindicatos ligados à Fentect (Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares )- não aprovem a proposta até as 14 horas, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) designará um relator para o processo, que irá a julgamento através da SDC (Seção Especializada em Dissídios Coletivos) do órgão.
A possibilidade da proposta não ser aprovada reside no fato da decisão do comando de greve pelo fim da paralisação ter sido apertada: quatro votaram a favor, e três contra.
No início da greve, os funcionários dos Correios reivindicam reajuste de 47,77%, aumento linear de R$ 200, a negociação do plano de cargos e salários e a contratação de 25 mil funcionários.