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Conflitos agrários

Mais um líder popular é assassinado no Pará

Caroline Vicentini - Folha News
15 fev 2005 às 17:28

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Mais uma liderança popular ligada a questões populares foi assassinado no Pará. O sindicalista Soares da Costa Filho, do Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Parauapebas (sudeste do Pará, a aproximadamente 450 quilometros de Belém), foi assassinado na manhã desta terça-feira (15) quando se dirigia de moto para o assentamento Carajás, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Segundo a Comissão Pastoral da Terra no Pará, um grupo de pistoleiros esperava por Soares próximo ao assentamento quando ele chegava de moto.

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No último sábado (12), a missionária norte-americana e naturalizada brasileira Dorothy Stang foi assassinada no município de Anapu (PA). Ela foi atingida por seis tiros. O primeiro, na nuca, causou morte instantânea. Mais três projéteis foram disparados nas costas da freira e dois pela frente.

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O crime ocorreu quando Dorothy se dirigia a um encontro em que iria organizar um mutirão para construir um salão comunitário no assentamento Esperança, situado a 45 quilômetros de Anapu, onde residia há 27 anos.

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O Ministério Público Federal (MPF) no Pará já havia avisado as autoridades do Estado sobre as ameaças de morte sofridas pela freira Dorothy Stang


Segundo o MPF, que acompanhava desde 1999 o trabalho da missionária um procedimento administrativo foi aberto na Procuradoria e registrando todos os conflitos que ocorreram na região.

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Em uma carta de próprio punho, enviada em fevereiro de 2004 a diversas autoridades, Dorothy chamava a atenção para a presença constante de pistoleiros na área, que trabalhavam para comerciantes de terra e madeireiros.


Governo não enviará Força-Tarefa

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Em reunião com várias ministros na manhã desta terça-feira (15) ficou decidido que o governo federal não vai enviar força-tarefa ao estado do Pará, onde no último sábado a missionária Dorothy Stang foi assassinada.


"O governo não vai anunciar pacote, não vai organizar força-tarefa porque a questão é permanente, não é conjuntural. O que nós precisamos é ir consolidando a política de zoneamento do estado", afirmou o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu.

Fonte: Terra, Folha de Londrina e ABR


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