O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou dados do Censo de 2000 que revelam desigualdade na remuneração recebida por homens e mulheres na maior parte das ocupações, de alto ou baixo nível de rendimento.
Os homens ganham mais que as mulheres mesmo em categorias profissionais com expressiva concentração de mulheres, como atendentes de creches, trabalhadores domésticos e trabalhadores da tecelagem.
Há maior proporção de homens do que de mulheres em todas as 10 profissões de maior rendimento médio, e eles chegam a ganhar cinco vezes mais do que elas.
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Os diretores gerais homens ganham em média 2,2 vezes mais que as diretoras (R$ 5.928,22 contra R$ 2.683,54) e os médicos, 1,5 vezes mais que as médicas (R$ 4.212,38 contra R$ 2.725,40). O grupo das 10 profissões de maior rendimento ocupa cerca de 1,0% de todos os trabalhadores 1,2% dos homens e 0,7% das mulheres.
Já nas 10 ocupações de menor rendimento, a presença de mulheres é mais acentuada. Estas profissões ocupam cerca de 19,4% dos trabalhadores do Brasil 14,5% dos homens e 27,7% das mulheres.
Nas 10 categorias os homens ganham mais. Mesmo numa atividade como a de atendentes de creche e acompanhantes de idosos, em que 97,7% dos profissionais são mulheres, a média salarial dos homens é o dobro: R$ 385,25 contra R$ 186,91.
A desigualdade se repete na categoria de trabalhadores domésticos, que é a profissão mais comum entre as mulheres no Brasil e ocupa 18% delas. Apesar de 92,7% desses profissionais serem do sexo feminino, os homens recebem em média R$ 223,65 e as mulheres, R$ 177,02.