O engenheiro Sílvio Chaves, de 53 anos, voltava de uma festa com um amigo quando o trânsito engarrafou. Ao perguntar aos outros motoristas, soube que havia uma blitz com bafômetro alguns metros à frente. Ele e o amigo não pensaram duas vezes.
Desceram do carro e empurraram o veículo até os policiais. Os PMs chegaram a perguntar se o carro estava quebrado, ao que Chaves repondeu a verdade. ''Disse que havíamos bebido um pouco e não era prudente dirigir'', contou, ainda divertindo-se com a aventura de três anos atrás. O engenheiro escapou da multa.
A brincadeira é exemplo de uma prática que há muito faz parte do cotidiano brasileiro - a de dar um ''jeitinho''. Uma pesquisa da DataUFF, instituto de pesquisa da Universidade Federal Fluminense, patrocinada pela Fundação Ford, mostra que dois terços da população já se utilizou desse expediente.
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Mais: os brasileiros estão divididos. Metade dos 2.364 entrevistados acredita que ''dar um jeitinho'' é sempre certo (9%) ou certo na maioria das vezes (41%). A outra metade acredita que é sempre errado (18%) ou errado na maioria das vezes (32%). ''Vivemos num país moralmente dividido e ambíguo'', diz o professor Alberto Carlos Almeida, coordenador da Pesquisa Social Brasileira (Pesb).
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