O primeiro dia do julgamento de Suzane von Richthofen e dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, está sendo marcado pelos depoimentos contraditórios dos três réus acusados matar o casal Manfred e Marísia von Richthofen, pais de Suzane. De um lado, os irmãos Cravinhos apontando Suzane como a "mentora" do crime. Do outro, Suzane afirmando justamente o oposto: que Daniel teria sido o "mentor" do crime.
O julgamento começou por volta das 14h desta segunda-feira (17) e está sendo presidido pelo juiz Alberto Anderson Filho. Até o momento, a surpresa é a versão dos irmãos de que Cristian não teria participado do assassinato, por ter entrado em "estado de choque". A versão muda o depoimento prestado por Cristian no decorrer do processo, apresentando agora Daniel como único responsável por desferir os golpes com barras de ferro contra Manfred e Marísia. A alteração do depoimento pode custar a Cristian o benefício da redução da pena.
Segundo informações do Última Instância, com cabelos curtos, bem cortados, menos avermelhados do que nas últimas aparições, algemada e calçando uma botinha de couro, Suzane contradisse os irmãos e contou a versão de que seguia todas as ordens de Daniel porque o amava. Era esse amor, na versão da estudante, que a levava a financiar uma série de programas, presentes e passeios para Daniel.
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Segundo ela, foi Daniel quem tirou sua virgindade e quem a introduziu no uso da maconha e outros entorpecentes. Suzane negou que seu pai a agredia freqüentemente e afirmou que Daniel a fez aceitar a morte de Manfred e Marísia encarando-a como se fosse "uma viagem". "Imagina como se fosse uma viagem e se seus pais não voltassem", teria dito Daniel, de acordo com a jovem.
Em pouco mais de três horas de interrogatório, Suzane se disse arrependida e acusou a família Cravinhos de só estar interessada em seu dinheiro. Ao final de seu depoimento, como havia prometido a defesa na semana passada, abriu mão da herança.
O julgamento deve seguir até sexta-feira (21).
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