Os mais de 300 mil brasileiros residentes no Japão serão beneficiados pelo programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), a partir de 2007. O pólo da UAB no Japão será uma extensão da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
A universidade brasileira será a responsável pela capacitação dos tutores – representantes da universidade na coordenação dos pólos – em parceria com uma universidade pública japonesa a ser selecionada. Em novembro deste ano, no Japão, a seleção da universidade será feita em uma reunião da comitiva brasileira, liderada pelo reitor da UFMT, Paulo Speller, com representantes do governo e empresários japoneses.
A UAB oferece o ensino a distância, possibilitando a interiorização do ensino superior federal de qualidade no Brasil. A iniciativa de instalação do pólo no Japão é da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC) em parceria com o Banco do Brasil e a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Faz parte da negociação entre os ministérios de Educação dos dois países realizada no início deste ano.
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Conforme Speller, o pólo deverá ser instalado em Nagóia, por concentrar maior número de brasileiros. Será possível criar ramificações em outras localidades com escolas que atendam brasileiros.
Capacitação – A intenção do programa é capacitar 200 professores que lecionam para estudantes brasileiros em 100 escolas públicas japonesas, segundo o secretário de Educação a Distância, Ronaldo Mota. "Foi estabelecido um plano comum, a primeira ação internacional da UAB para formação de professores com domínio nas línguas portuguesa e japonesa e que atuam em escolas públicas daquele país", explicou o secretário.
O objetivo é auxiliar os estudantes brasileiros no processo educacional japonês, extremamente complexo, avalia Mota. A medida, a seu ver, é necessária. Grande parte de brasileiros que vai trabalhar naquele país encontra dificuldade em adaptar seus filhos, deixando a maioria fora da escola.
O pólo, na avaliação do secretário, exercerá um forte papel social, pois, além da formação de professores, servirá como um espaço para a capacitação de funcionários do Banco do Brasil que trabalham no Japão, para a educação de jovens e adultos e como incubadora de negócios para pequenas empresas. "Este pólo atuará como celeiro e oferecerá aos brasileiros que vivem no Japão uma estrutura para se transformarem em pequenos empresários, com noções de assessoria financeira, gerenciamento", antecipa. Segundo ele, isto beneficiará tanto os adultos quanto seus filhos quando retornarem ao Brasil.