A morte do escritor e filósofo Olavo de Carvalho, no final de janeiro, traz um desafio para os integrantes da “nova direita” brasileira: manter o olavismo vivo, sem tanta fragmentação de ideias. Especialistas ouvidos pela FOLHA dizem crer que o olavismo vai sobreviver, mas ainda não é possível dizer em que dimensão.
O termo “nova direita” é utilizado pela comunidade acadêmica para definir os integrantes da chamada direita conservadora brasileira que ganharam espaço nos últimos anos. Olavo de Carvalho é considerado o criador desse movimento, que se popularizou no país para combater uma suposta “hegemonia cultural esquerdista”.
“A verdade é que o Olavismo cresceu tanto que acabou adquirindo várias roupagens, vamos dizer assim, nos últimos anos. Então, você tem os Olavistas da cultura policial antidireitos humanos, tem os Olavistas que trabalham diretamente com educação e têm como prioridade eliminar a influência de Paulo Freire no currículo escolar, tem os antiambientalistas, tem aqueles que se criaram no interior de circuitos evangélicos e tem os antivacina. Enfim, embora esses grupos não sejam iguais, eles guardam esse modo de ver o mundo como pressuposto da sua intervenção no real”, explica o historiador Murilo Cleto, mestre em Cultura e Sociedade.
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