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ABCR: FGV fez a pesquisa sobre valor de encampação

Redação - Bonde
02 out 2003 às 11:39

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O diretor regional da Associação Nacional de Concessionárias de Rodovias (ABCR), João Chiminazzo Neto, reafirmou que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) fez uma pesquisa sobre a indenização que o governo estadual deveria pagar às concessionárias no caso da encampação dos pedágios no Paraná.

Publicado há cerca de uma semana em vários jornais paranaenses, a pesquisa apresentada pela ABCR afirma que a encampação dos pedágios vai custar aos cofres públicos mais de R$ 4 bilhões.

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A declaração de Chiminazzo foi feita após a publicação de uma nota do governo estadual, anunciando que a fundação não fez tal pesquisa. O diretor regional da ABCR disse que a pesquisa foi feita em nome de cada uma das concessionárias, e não à pedido da associação.

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Por sua vez, o procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, afirma que não é a autoria do pedido que está sendo questionada, mas a rapidez do levantamento.

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Para Lacerda, a pesquisa é uma confissão da sonegação do documentos à comissão estadual que investiga a contabilidade das concessionárias, perguntando-se como a FGV realizou essa pesquisa em 15 dias e a comissão do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), que estuda esses documentos desde agosto, não chegou a nenhuma conclusão sobre o caso.


Chiminazzo reafirmou que todos os documentos analisados pela FGV também foram entregues à comissão do DER. Ele disse que a pesquisa foi encomendada para que as concessionárias possuíssem "direito-contraditório" - documentos que se contraponham aos que serão apresentados pela comissão estadual.


De acordo com a rádio CBN, a FGV, em São Paulo, não se pronunciou a respeito do assunto porque não possui autorização para falar. O diretor regional da ABCR disse que, no cotrato fechado entre os dois, há uma cláusula de confessionalidade, que desautoriza a fundação a se pronunciar sobre o levantamento.

Lacerda contesta essa clúsula e diz que quer analisar tais documentos, e que está aguardando um documento que comprove que a FGV não fez esse estudo pra poder entrar com as medidas judiciais cabíveis contra as concesisonárias dos pedágios no Paraná.


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