Mil e quinhentos litros de ácido sulfúrico vazaram do caminhão que tombou na manhá desta quinta-feira na BR-116 em Campina Grande do Sul, próximo à represa do Capivari. Segundo o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), o produto ficou retido no acostamento, e não contaminou a represa.
O transbordo do ácido só começou após as 16 horas, quando outro caminhão tanque preparado para receber o ácido chegou de São Paulo. A bomba utilizada na transferência do produto foi trazida de Itajaí (SC).
O caso revelou a falta de preparo das autoridades para acidentes com cargas perigosas. Os bombeiros que trabalharam na contenção do vazamento não tinham equipamentos adequados para o serviço, e utilizaram terra. Eles também não dispunham de roupas e máscaras adequadas - um dos soldados chegou a sofer queimaduras na perna.
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Equipes do IAP, da Polícia Rodoviária Federal, da Defesa Civil e da Ecovia - empesa que administra a BR-277 - auxiliaram na operação de contenção do ácido sulfúrico.
Os trabalhos de contenção e transbordo do restante da carga duraram até o final da tarde de ontem.
O acidente ocorreu por volta das 4h30. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, o motorista do caminhão, Alcides Fagundes, 38 anos, perdeu a direção e o veículo tombou no acostamento da rodovia.
Fagundes teve apenas lesões leves e foi encaminhado para o Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul. A carga, que estava em um caminhão da transportadora Maitas, pertence à empresa Bush Lepper.
O IAP exigiu da transportadora retroescavadeiras para abertura de valetas e informações sobre a validade da licença para transporte de produto perigoso. A transportadora e a proprietária da carga poderão ser multadas depois que o IAP analisar os danos provocados pelo vazamento, o que deve ocorrer nos próximos dias.