Entre quatro e cinco mil brasileiros empregados nas lojas de Ciudad del Este, fronteira com Foz do Iguaçu, podem ser demitidos caso seja cumprido o acordo entre o governo paraguaio e líderes da manifestação realizada nesta semana. Um dos pontos do pacto que resultou na liberação do trânsito na Ponte da Amizade (Brasil/Paraguai), anteontem, foi a substituição gradual de estrangeiros por paraguaios no mercado de trabalho.
Além de aumentar o número de desempregados em Foz, a eventual demissão de brasileiros terá reflexos econômicos e sociais em Foz do Iguaçu, avalia o professor de estatísticas e estudioso do Mercosul Luis Carlos Kossar. "Isso trará reflexos negativos. Com o aumento do nível de desemprego, as consequências serão aumento da violência, prostituição e outros derivados dessa situação", avaliou Kossar.
Dados extra-oficiais apontam que Foz tem 60 mil pessoas inseridas na economia informal (23% dos 258 mil habitantes). Metade deste universo depende do comércio paraguaio. O município abriga ainda perto de 10 mil desempregados (3%). Para Kossar, "se hoje temos 40 mil pessoas morando em favelas, é fácil prever que esse universo tende a crescer".
Apesar do perspectiva desfavorável, o vice-prefeito de Foz do Iguaçu, Claudio Rorato (PMDB), não demonstrou preocupação com o problema. "Não acredito que o acordo seja posto em prática", afirmou Rorato, dizendo que a prefeitura ainda não tem um plano para abrigar uma possível massa de desempregados. Uma comitiva do Executivo de Foz terá uma audiência com o presidente do Paraguai Luiz González Macchi na quarta-feira para tratar do assunto.
O levantamento dos brasileiros que atuam irregularmente no comércio de Ciudad del Este deve começar na segunda-feira. Uma comitiva liderada pelo Ministério da Justiça e Trabalho vai estudar como aplicar a resolução da Câmara Municipal da cidade vizinha que permite o trabalho somente para quem tiver residência fixa no Paraguai. Emitido em março de 1997, o documento prevê multa diária de 300 salários mínimos para a empresa infratora (R$ 126 mil). O piso salarial paraguaio é de 728 mil guaranis (R$ 420,00).
Embora a resolução não determine uma cota de brasileiros, o governo federal prometeu restringir, verbalmente, o número de estrangeiros em 30%. Segundo os paraguaios, os brasileiros ocupam de 70% a 80% dos 6,2 mil postos de trabalho nas lojas da cidade.
Além de aumentar o número de desempregados em Foz, a eventual demissão de brasileiros terá reflexos econômicos e sociais em Foz do Iguaçu, avalia o professor de estatísticas e estudioso do Mercosul Luis Carlos Kossar. "Isso trará reflexos negativos. Com o aumento do nível de desemprego, as consequências serão aumento da violência, prostituição e outros derivados dessa situação", avaliou Kossar.
Dados extra-oficiais apontam que Foz tem 60 mil pessoas inseridas na economia informal (23% dos 258 mil habitantes). Metade deste universo depende do comércio paraguaio. O município abriga ainda perto de 10 mil desempregados (3%). Para Kossar, "se hoje temos 40 mil pessoas morando em favelas, é fácil prever que esse universo tende a crescer".
Apesar do perspectiva desfavorável, o vice-prefeito de Foz do Iguaçu, Claudio Rorato (PMDB), não demonstrou preocupação com o problema. "Não acredito que o acordo seja posto em prática", afirmou Rorato, dizendo que a prefeitura ainda não tem um plano para abrigar uma possível massa de desempregados. Uma comitiva do Executivo de Foz terá uma audiência com o presidente do Paraguai Luiz González Macchi na quarta-feira para tratar do assunto.
O levantamento dos brasileiros que atuam irregularmente no comércio de Ciudad del Este deve começar na segunda-feira. Uma comitiva liderada pelo Ministério da Justiça e Trabalho vai estudar como aplicar a resolução da Câmara Municipal da cidade vizinha que permite o trabalho somente para quem tiver residência fixa no Paraguai. Emitido em março de 1997, o documento prevê multa diária de 300 salários mínimos para a empresa infratora (R$ 126 mil). O piso salarial paraguaio é de 728 mil guaranis (R$ 420,00).
Embora a resolução não determine uma cota de brasileiros, o governo federal prometeu restringir, verbalmente, o número de estrangeiros em 30%. Segundo os paraguaios, os brasileiros ocupam de 70% a 80% dos 6,2 mil postos de trabalho nas lojas da cidade.