A comissão de alto nível formada pelo governo do Estado para estudar reivindicações salariais das polícias Civil e Militar adiou a apresentação da proposta final às duas corporações. O prazo terminaria neste sábado, conforme negociado há um mês para impedir uma greve geral.
Com a mudança no secretariado, o novo titular da pasta da Fazenda, Ingo Hubert, pediu mais tempo para analisar os pedidos. Agora, a nova data limite para encaminhar os projetos à Assembléia Legislativa, é próxima quinta-feira, dia 30.
Desde quinta-feira, a comissão fez reuniões com os comandos das duas polícias. O deputado Algaci Túlio (PTB) confirmou que o primeiro encontro foi tenso. Os secretários envolvidos nas negociações chegaram a cogitar que uma proposta só poderia ser apresentada no dia 5 de dezembro, a 10 dias do recesso dos deputados.
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"Isso aí provocou um clima tenso na reunião, mas chegou-se a um consenso que uma posição vai ser dada no dia 30", disse Algaci. O adiamento já é visto com preocupação. "É uma situação bastante perigosa. Vejo que a classe está meio decidida a entrar em greve", afirmou o deputado.
Na tarde desta sexta-feira, o governador Jaime Lerner (PFL) chamou a cúpula da Polícia Militar para uma conversa no Palácio Iguaçu. Neste encontro, o alto comando teria saído sem uma posição final do governador sobre as reivindicações.
O sub-comandante geral da PM, coronel Sanderson Diotalevi, disse que não iria se pronunciar sobre a reunião. "Ou fala o governador, ou fala o secretário Greca", disse. A assessoria do secretário da Comunicação Social, Rafael Greca, comunicou que ele não falaria sobre o assunto. O porta-voz do governador, Hudson José, disse que Lerner se reuniu com os comandantes a portas-fechadas.