O número de casos autóctones de malária registrado no Estado em 2002 é o maior dos últimos sete anos, alerta a Secretaria de Saúde do Paraná. Foram registrados este ano 104 casos autóctones, transmissão que ocorre no próprio Estado, e 109 casos ''importados'', vindos de outros Estados. No total, foram 213 casos da doença. No Paraná o mosquito transmissor mais comum é o Anopheles darlingi, popular mosquito prego.
Pesquisa da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) mostra que o Paraná ainda corre o risco de apresentar surtos de malária. A pesquisa, realizada entre 1997 e 1999, capturou mais de 94 mil mosquitos de espécies diferentes e analisou sua distribuição geográfica e seu comportamento em 74 localidades de 53 municípios estudados. O censo mobilizou 37 técnicos e possibilitou a criação de um banco de dados sobre os mosquitos transmissores.
Os técnicos do órgão avaliam que o Paraná é um Estado considerado de baixo risco, mas alertam que os municípios localizados às margens do lago de Itaipu são considerados de médio risco, devido ao clima favorável e ao intenso tráfego de pessoas de outras regiões. No Paraná, foram encontradas quatro das cinco principais espécies transmissoras da malária no Brasil. As espécies de mosquitos transmissores identificadas foram a Anopheles darlingi, Anopheles albitarsis, anofelinos cruzii e bellator.