O sétimo boletim divulgado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) nesta sexta-feira (02) aponta que o número de locais não recomendados para banho aumentou nos rios do Litoral. A alteração da condição da água em muitos locais foi alterada por conta das chuvas que atingiram a maior parte do Estado nas últimas semanas.
Ao todo, quatro dos 49 pontos de monitoramento estão impróprios para banho no Litoral, além dos outros 10 que são considerados permanentemente impróprios mesmo fora da temporada de verão. No Interior, as condições se mantiveram, com apenas um local não recomendado para atividades de contato primário.
As amostras de água são coletadas do mar e dos rios nos dias e locais que registram maior fluxo de banhistas, onde há maior possibilidade de contaminação. Esse trabalho possibilita avaliação de concentração de bactérias Escherichia coli (E.coli) na água, que permite a verificação de contaminação por esgoto sanitário clandestino e a possibilidade de uso da água para atividades de lazer de contato primário, como natação, mergulho e esqui aquático.
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LITORAL – A nova análise mostra que o Rio Nhundiaquara, em Morretes, continua não recomendado para banho, mas dessa vez os dois locais onde é feita a coleta de água para análise estão impróprios, na altura do Porto de Cima e do Largo Lamenha Lins. Além desse local, o Rio do Nunes, também em Morretes, próximo a ponte da PR-340, também apresentou maior concentração de bactérias, sendo não indicado para banhos.
Na Ponta da Pita, em Antonina, que tem apresentado concentração de bactérias em níveis superiores aos recomendados pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), continua impróprio para banho. Ao todo, são monitorados 49 locais na região, sendo 13 pontos em Guaratuba, 14 em Matinhos, 11 em Pontal do Paraná, cinco na Ilha do Mel, três em Morretes e dois em Antonina.
Além dos locais monitorados semanalmente, os boletins do Litoral também trazem maior destaque para informações das condições de dez pontos considerados permanentemente impróprios para banho no Litoral - onde rios, canais e galerias pluviais desembocam no mar. Esses locais são acompanhados durante todo o ano e também na temporada, mas não entram na verificação semanal porque já se sabe que a água não corresponde aos padrões estabelecidos.
"São pontos que se apresentam permanentemente como impróprios para banho pois, devido a análises que fazemos de maneira esporádica durante todo o ano, sempre apresentam concentração de coliformes fecais acima do limite legal. Nesses pontos o banho não é indicado em nenhuma época do ano", explica a diretora de Monitoramento Ambiental e Controle da Poluição, Ivonete Chaves.
INTERIOR – O monitoramento feito na Costa Norte e Oeste do Estado mostra que o Rio Paranapanema, em Primeiro de Maio, continua impróprio para banho devido à proliferação natural de algas. Isso acontece devido às altas temperaturas que favorecem a proliferação da vegetação aquática no local. A qualidade da água é avaliada em 17 pontos de praias artificiais e represas nas cidades de Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia, Missal, Santa Helena, Entre Rios do Oeste, Marechal Cândido Rondon e em Primeiro de Maio.
SINALIZAÇÃO – Os veranistas podem se orientar de acordo com as bandeiras na orla das praias, nos rios e nos reservatórios, que indicam se os locais estão próprios ou não para banho. A sinalização aponta a condição da água a 100 metros à direita e à esquerda de cada bandeira. A cor vermelha aponta que a água não é recomendada; e a azul indica que a região está própria para banho. A água imprópria pode ser prejudicial à saúde, trazendo dermatites, problemas gastrintestinais e outras doenças mais graves.