O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Ramiro Wahrhaftig, descartou ontem a possibilidade de intervenção na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Wahrhaftig se reuniu com o reitor, Wilson Iscuissati, pró-reitores e diretores da Unioeste para discutir os problemas na instituição após o afastamento da reitora, Liana Fuga. Ela está afastada porque responde a processo por suposta participação em fraude no concurso público realizado em fevereiro no campus de Francisco Beltrão. Na semana passada, Liana denunciou um esquema de desvio de verbas federais do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Wahrhaftig descartou a possibilidade de intervenção por considerar uma medida inconstitucional e que prejudicaria a universidade. "A comunidade do Oeste do Paraná pode ficar tranquila, pois não vai haver intervenção do governo na Unioeste. Uma intervenção é anti-democrática e inconstitucional. Existe um mandato que vai ser cumprido", garante.
Entre as principais reivindicações apresentadas ao secretário, está o pedido de maior agilidade por parte da secretaria em questões administrativas e financeiras. Os pró-reitores relataram que vários problemas vêm sendo causados dentro da instituição pela falta de recursos. Um deles é a falta de laboratórios e equipamentos para os alunos do curso de Farmácia que há mais de 20 dias estão sem aula.
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O Delegado da Polícia Federal, em Foz do Iguaçu, Joaquim Mesquita, disse ontem que ainda não recebeu qualquer ofício destinado pelo Procurador da República de Cascavel, Carlos Fernando dos Santos Lima, pedindo a abertura de um inquérito para apurar as denúncias apresentadas pela reitora. A assessoria da Procuradoria da República havia emitido uma nota oficial na sexta-feira informando que toda a documentação apresentada já havia sido enviada à Polícia Federal para investigação.
O delegado explica que o primeiro passo após receber a documentação será definir se realmente compete à Polícia Federal investigar o caso. Mesquita acrescenta que se realmente houver investigação, será instaurado ainda esta semana um inquérito policial.
Os advogados de Liana Fuga comunicaram que o mandado de segurança para garantir seu retorno e suspender o afastamento de 60 dias está sendo elaborado, entretanto deverá ser impetrado apenas no mês de agosto. Apesar da reitora afirmar ter uma fita que comprove a tentativa de extorsão por parte da chefe regional da Secretaria de Trabalho, Gema Fontana, um de seus advogados, Sérgio Zandoná disse que, "se ela existe a Liana nunca me contou."