Ao contrário do último Atletiba, quando houve quebra-quebra de ônibus e estações-tubo, desta vez ocorreram apenas casos menores, sem danos ao patrimônio público. O Centro de Operações da Polícia Militar informou às 20h30, haver quatro ocorrências pequenas e que foram solucionadas na hora. Entre elas, discussão de torcedores e embriaguez.
Para evitar reprise do clássico passado, houve reforço policial. Foram colocados quase 500 policiais militares em alerta, sendo 343 soldados, 100 estagiários, além de estudantes da Escola da PM no Guatupê. Oito unidades da PM estiveram monitorando terminais de ônibus e estádio.
O caso que mais assustou foi o disparos de arma de fogo, próximo ao estádio, após o término do jogo. Não houve feridos nem prisões. A Polícia Militar manteve ostensivo contingente em toda região, especialmente nos pontos de ônibus. Segundo queixas de moradores, a URBS estava proibindo os ônibus de abrirem suas portas na altura da rua Buenos Aires, um ponto antes do lugar onde mais se concentravam os torcedores. "As torcidas vão se encontrar lá embaixo", temia uma senhora.
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Um atleticano fez a mesma reclamação, mas contra a PM: "Não tem como tomar condução. Eles mandam a gente ir adiante, não sei onde vamos parar". Uma demonstração de força ostensiva ocorreu num ponto de ônibus das imediações. Eram 19h35, havia um grupo de torcedores quando um policial jogou sua moto sobre as pessoas. Às 19h50, a Praça Rui Barbosa estava deserta. Apenas um policial circulava por ali.
Em casa
A torcida Império Alviverde não compareceu à Arena da Baixada ontem, em Curitiba, e preferiu fazer sua festa em frente ao estádio Couto Pereira, com um telão para seus associados assistirem à partida. Cerca de 3 mil torcedores, segundo dados da própria torcida, estiveram no local.
Na opinião do presidente Luiz Fernando Corrêa, a torcida mostrou que os clássicos podem ser disputados com apenas uma torcida no estádio. "Nós fizemos essa proposta para a comissão de segurança, mas eles não a consideraram. Então resolvemos tomar a atitude nós mesmos", declarou.
Enquanto isso, na Arena da Baixada, um torcedor atleticano foi preso após agredir um integrante da comissão técnica do Coritiba enquanto ele voltava para o vestiário após o jogo. Os seguranças do Atlético o imobilizaram e o entregaram à Polícia. (Colaborou Julio Cesar Lima)