O comandante geral da Polícia Militar, coronel Gilberto Foltran, informou ontem que é "inútil" a insistência das mulheres de policiais que continuam acampadas em frente aos quartéis. Segundo ele, não haverá outra negociação imediata e a palavra final é mesmo o adiamento em 60 dias da discussão sobre o pagamento da gratificação especial dos policiais, conforme o acordo feito na reunião da noite da última quarta-feira, entre representantes do governo e das mulheres.
A maioria das manifestantes, entretanto, pede o pagamento imediato da gratificação, o que significaria um aumento médio de 38% nos salários de seus maridos. "Eu apelo para o bom senso dessas mulheres, peço que elas voltem para suas casas, encerrem o movimento e aguardem as futuras negociações", declarou Foltran. "Não sei o que elas pretendem continuando com a manifestação".
O coronel criticou ainda algumas atitudes de policiais militares que aderiram ao movimento das mulheres e disse que todas as situações serão analisadas individualmente e apuradas com seriedade. "Seguimos um princípio de ordem e hierarquia que não será ignorado agora", avisou. Ele disse que algumas atitudes extrapolaram os limites e não descartou possíveis futuras punições aos infratores.