Uma comissão vai estudar soluções para o problema dos brasileiros que trabalham ilegalmente no Paraguai. A decisão foi tomada em uma reunião entre o governador Jaime Lerner e o ministro da Justiça e do Trabalho do Paraguai, Silvio Ferreira Fernandez, no Palácio Iguaçu, em Curitiba.
Formada por representantes do governo do Paraná e do Paraguai, a comissão inicia os trabalhos na próxima segunda-feira. Ela terá prazo de 30 dias para apresentar as propostas. Uma delas, de acordo com o ministro Fernandez, é a criação de mais vagas de trabalho para brasileiros e paraguaios na região da fronteira.
"Uma saída para o problema é fortalecer os setores do comércio, indústria e turismo." A idéia é atrair mais indústrias e mudar o perfil econômico tanto de Ciudad del Este quanto de Foz do Iguaçu.
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Outra idéia que será estudada é a regulamentação do Tratado do Mercosul, de 1991, que permite o livre trânsito nos países integrantes. No dispositivo, os trabalhadores não seriam obrigados a apresentarem documentação específica para circular nos países do Mercosul.
A fiscalização dos brasileiros que trabalham sem documentação no Paraguai continua, porém mais branda. "Na prática, o governo paraguaio vai fazer vistas grossas até que terminem os trabalhos da comissão", disse o vice-presidente da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, Ney Patrício (PSC).
Enquanto durarem os trabalhos da comissão, estão suspensas as obras de reforma na Ponte de Amizade. Só devem ser realizados os trabalhos para garantir a segurança.
O governador Jaime Lerner disse acreditar que a criação da comissão vai acalmar os ânimos na fronteira.