Mais de um quarto de todo o volume de contrabando apreendido pela Receita Federal vem da fronteira do Brasil com o Paraguai, área que somou mais de R$ 600 milhões de produtos de importação proibida. Só no posto de Foz do Iguaçu, que abrange um dos pontos mais movimentados da fronteira brasileira com o país vizinho, o volume apreendido chegou a R$ 260 milhões, montante 19% maior do que o registrado em 2016.
Um balanço da Receita Federal divulgado nesta sexta-feira (26) mostra que, em todo o Brasil, a apreensão de cigarros cresceu mais de 11%, com um volume de mais de 221 milhões de maços, e a captura de drogas mais do que dobrou, alcançando porcentual de variação de 122,4% em relação a 2016. Foram apreendidos no ano passado mais de 45 toneladas de maconha, cocaína, crack e drogas sintéticas.
A apreensão de drogas, mercadorias e cigarros contrabandeados no Brasil somou mais R$ 2,3 bilhões em 2017. Segundo a Receita Federal, o valor é recorde e representa um crescimento de 9,4% em relação a 2016, quando foram apreendidos R$ 2,1 bilhões.
Leia mais:
Chuvas quintuplicam vazão das Cataratas do Iguaçu nesta segunda
Romaria Diocesana de Apucarana deve atrair mais de 20 mil pessoas no início de 2025
Homem que entrou atirando em bar de Ibiporã é condenado por três mortes e duas tentativas de homicídio
Chuva do fim de semana supera em até 84% a média mensal em regiões do Paraná
Na fronteira do Paraná, os maços de cigarro representam 40% do total de mercadorias ilegais apreendidas em 2017. A Receita de Foz do Iguaçu apreendeu cerca de 20 milhões de maços de cigarros na região, montante que vale aproximadamente R$ 100 milhões.
Após veículos e drogas, os produtos eletrônicos e de informática aparecem como os mais contrabandeados na região. Armas, munições e medicamentos proibidos, principalmente aqueles com fins estéticos, como emagrecimento ou preenchimento de botox facial, também estão na lista dos itens mais apreendidos pelos agentes fiscais.
O aumento do contrabando atribui-se, em partes, ao elevado custo dos impostos sobre alguns produtos no Brasil, principalmente o cigarro, que em outros países, como o Paraguai, é produzido e comercializado com uma carga tributária muito menor.
Levantamento feito pelo instituto mostra que três em cada dez brasileiros costumam comprar produtos contrabandeados. Quase 90% deles considera que o elevado custo dos impostos no Brasil favorece a entrada de mercadorias contrabandeadas no país.