O coordenador estadual do MST, José Damasceno, confirmou nesta quinta-feira que existe uma lista de integrantes do movimento que estão marcados para morrer.
De acordo com as decxlarações feitas por Damasceno a um jornal local, fazendeiros teriam elaborado essa lista em uma reunião realizada em Campo Mourão. Para cada sem-terra morto, o fazendeiro receberia de R$ 8 mil a R$ 10 mil. As lideranças do moimento que estariam sendo ameaçadas seriam da região noroeste, de acampamentos próximos à cidades de Mariluz e Peabiru.
A primeira vítima, segundo Damasceno, seria o agricultor Francisco Nascimento de Souza, de 27 anos, morto na última segunda-feira com oito disparos de arma de fogo. Souza era morador do Assentamento Nossa Senhora Aparecida, em Mariluz (35 km a sudeste de Umuarama.
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Damasceno também afirmou que há suspeitas de que pessoas de dentro e de fora do acampamento onde Nascimento morreu estejam envolvidas no crime.
Uma denúncia sobre a existência dessa lista já foi feita na Polícia Federal.
Marcos Prochet, da UDR (União Democrática Ruralista), afirmou que os fazendeiros estão revoltados com essas declarações. De acordo com Prochet, o sem-terra morto era "um marginal, um assaltante", e já tinha passagem por várias delegacias da região.
Prochet afirmou que a denúncia do MST serve como uma "cortina de fumaça" para encobrir as ações ilegais do movimento, e que o secretário Estado do Emprego, Trabalho e Promoção Social e presidente da Comissão Especial de Mediação de Questões da Terra, Padre Roque Zimmerman (que denunciou essa lista na quarta-feira), afirma há quatro anos que essa lista existe. Para Prochet, se essa lista existisse há tanto tempo, já haveria muitas mortes encomendadas já executadas.
O secretário estadual de Segurança Pública, Luiz fernando Delazari, afirmou que um advogado já foi acionado para investigar o caso.