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Da vitrine para a passarela

Simone Mattos - Folha do Paraná
26 abr 2001 às 08:37

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Sem nenhuma pretensão em ditar tendências de moda, a primeira edição do Curitiba Collection lotou a Ópera de Arame na noite de terça-feira. Tecnicamente perfeito nos quesitos luz, som e organização, o evento deixou a desejar na passarela. Apresentando 45 lojas de uma só vez, o desfile acabou sendo longo e cansativo. Nota zero em criatividade.

A proposta era ousada. Embora as tendências da moda inverno já tivessem sido apresentadas e reapresentadas por todos os desfiles dentro e fora do País, a coordenadora geral do evento, Eloysa Simão, prometia que o Curitiba Collection iria além, mostrando as propostas globais com "pequenos toques locais". Não foi bem assim.

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O que se viu durante mais de uma hora de desfile foi uma sucessão de "looks" prontos, provavelmente os mesmos expostos nas vitrines do shopping. Sem nenhuma ousadia na criação ou edição, o desfile acabou ficando morno.

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Uma pena porque o shopping investiu R$ 340 mil no evento, que envolveu 350 profissionais e contou com três mil quilos de equipamentos de úmtima geração de som e luz. Apenas em cenário, forma utilizados 1.500 metros de tecido e 100 metros de revestimento no piso da Ópera de Arame.

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Numa parceria com a Fundação Cultural de Curitiba e do Shopping Curitiba, o teatro recebeu ainda serviços de manutenção na cúpula para evitar possíveis goteiras, o que funcionou muito bem. Apesar de estar chovendo, dentro do auditório não houve problema algum.


Na passarela criada especialmente para o evento, e que avançava 12 metros além do tradicional palco da Ópera de Arame, alguns dos melhores momentos foram, sem dúvida, os minutos dedicados à Levi"s. Acompanhando o perfil arrojado da marca, as roupas foram apresentadas por alguns lutadores de vale-tudo da cidade, incluindo alguns campeões mundiais, como Vanderlei Silva e Rafael Cordeiro, além do professor de ginástica Sávio, conhecido nacionalmente pelo programa "No Limite".


Outro ponto alto da noite foi o desfile da grife gaúcha Renner. Destoando do restante, a marca demonstrou personalidade e bom humor ao mostrar parte de sua coleção brincando com o movimento punk.

O momento mais aguardado, entretanto, veio só no final. A atriz Vera Fischer fechou o desfile com um look criado especialmente para ela. Bela e imponente, a diva revelou pouco antes, em coletiva de imprensa, que aquela era a primeira vez que desfilava no Paraná. Ela disse ainda que não tem nenhum projeto profissional definido para este ano, que ultimamente tem apenas descansado em seu sítio e que está analisando sem compromisso alguns possíveis textos para teatro.


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