Os delegados da Polícia Federal que prestaram depoimento nesta quinta à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados divergiram sobre o caso Banestado.
As discordâncias aconteceram nos depoimentos do delegado José Castilho Neto e Antônio Carvalho que foram à Câmara falar sobre o envolvimento de empresários e político na remessa ilegal de cerca de US$ 30 bilhões enviada ao exterior por intermédio do Banestado. A investigação revelou que, entre 1996 e 1999, os US$ 30 bilhões passaram pela agência do banco nos Estados Unidos com destino a paraísos fiscais, o que caracterizaria crimes de lavagem de dinheiro e evasão fiscal.
Segundo Castilho Neto, o dinheiro foi enviado, de Foz do Iguaçu, por políticos e grandes empresários para uma agência do Banestado em Nova York. As contas bancárias teriam sido abertas por chamados "laranjas".
Leia mais:
Chuvas quintuplicam vazão das Cataratas do Iguaçu nesta segunda
Romaria Diocesana de Apucarana deve atrair mais de 20 mil pessoas no início de 2025
Homem que entrou atirando em bar de Ibiporã é condenado por três mortes e duas tentativas de homicídio
Chuva do fim de semana supera em até 84% a média mensal em regiões do Paraná
Antônio Carvalho contestou as declarações. De acordo com ele, o valor de US$ 30 bilhões está errado e boa parte dos envolvidos no esquema não são políticos e empresários, mas doleiros. Ele disse também que as provas são insuficientes para incriminar alguém.
O presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), afirmou que ambos corroboram um rombo, "que tem de ser investigado até o fim, mesmo que por meios distintos".
A Comissão de Segurança reiterou o interesse em instalar a CPI para investigar o caso. Falta a indicação do PP, PC do B e PDT. O governo não apóia a criação da CPI porque ela poderia prejudicar a discussão das reformas.