Trinta toneladas de lixo foram recolhidas de ilhas e margens do rio Paranapanema, no Noroeste do Estado, durante o Rally do Lixo, realizado neste fim de semana. A competição atraiu 150 voluntários e 60 embarcações, que percorreram 80 quilômetros do rio – que além de ser fonte de sustento de pescadores da região, é ponto turístico e de lazer.
A 12ª edição do rally foi promovido pelo escritório de Paranavaí do Instituto Ambiental do Paraná, com apoio das prefeituras de Diamante do Norte, Porto Rico, Nova Londrina, Marilena e São Pedro do Paraná e de empresas privadas. Os participantes saíram da Estação Ecológica do Caiuá, em Diamante do Norte, e foram até o município de Porto Rico.
Para o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, eventos como esses são importantes para promover a educação ambiental. "Além desse relly, semanas atrás houve outros nas regionais de Cianorte, Umuarama e Campo Mourão. São atividades importantes porque promovem de forma divertida a educação ambiental", afirmou.
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Além de recolher o lixo e promover a educação ambiental, o evento lembrou o início do período da piracema, época de reprodução dos peixes em que a pesca fica proibida para garantir a manutenção da população aquática. O defeso começa nesta quinta-feira (1) e segue até 28 de fevereiro do próximo ano.
Outra novidade dessa edição do Rally do Lixo foi o alerta que os funcionários do IAP fizeram à população quanto à portaria nº 211/2012 que restringe a pesca de algumas espécies de peixes (como o dourado e piracanjuva) por três anos em alguns rios, reservatórios e lagoas do Estado, inclusive o Paranapanema. A restrição acontece apenas para a pesca profissional. A pesca esportiva (modalidade pesque e solte) continua liberada e a amadora tem o limite de 10 quilos e mais um exemplar, como já regulamenta a legislação federal. A restrição é baseada em estudos que indicam a redução populacional de algumas espécies de peixes.
Segundo o chefe regional do IAP em Paranavaí, Mauro Braga, a portaria foi bem aceita entre os pescadores e moradores da região. "Os pescadores percebem que esses peixes estão cada vez mais raros e nós não estamos encontrando nenhuma resistência aqui na região com relação a isso", contou.