Mais dois túneis foram encontrados na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba. Também foram apreendidos materiais que seriam utilizados numa possível fuga, como cordas feitas de lençol e escadas de corda e madeira.
O diretor interino da PCE, tenente-coronel Nemésio Xavier de França, acredita que possam existir outros túneis escavados pelos presos na última rebelião - que terminou no dia 12 de junho -, além dos sete identificados até agora.
Um dos túneis, considerado o principal, interliga as celas 25 e 26 da 1ª galeria, onde estavam seis detentos. Da cela 26, a escavação tem aproximadamente 6,5 metros de profundidade e dali segue em direção à Casa de Força, que fica para do lado de fora da prisão, numa extensão total de cerca de 15 metros.
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O outro túnel, segundo Xavier, sai da fossa da 5ª galeria, que está desativada, e se interligaria ao túnel principal. Os presos chegaram a escavar cerca de 10 metros. Na parede da cela 25, foi encontrado um telefone celular. O diretor não descarta a possibilidade de haver armas concretadas nas paredes.
Só foi possível localizar os túneis porque dois dos presos da 6ª galeria foram flagrados pelos PMs que faziam a guarda. Eles serraram a grade da cela durante a madrugada e se esconderam na fossa da 5ª galeria. As aberturas dos túneis nas celas, disse Xavier, estavam muito bem disfarçadas. Segundo Xavier, os quatro internos que comandavam a fuga estavam em uma cela da 3ª galeria, que fica acima da cela 25 da 1ª galeria.
O túnel principal começará a ser concretado. O diretor afirmou que irá buscar apoio do Corpo de Bombeiros para um trabalho de varredura no outro túnel, a fim de verificar a existência de possíveis ramificações. A partir da semana que vem os agentes penitenciários devem voltar ao trabalho dentro da carceragem, mas os 70 policiais militares deverão permanecer na PCE por tempo ainda indeterminado.