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Encontro de enfermagem discute o parto

Maigue Gueths - Folha do Paraná
14 out 2001 às 17:20

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A realização de partos por enfermeiras obstétricas, que têm causado tanta polêmica entre médicos e enfermeiros, foi um dos principais assuntos em discussão no 53º Congresso Brasileiro de Enfermagem, que termina neste domingo em Curitiba. A vice-presidente da Associação Brasileira de Enfermagem Nacional e professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Mirian Santos Paiva, diz que a atuação dos enfermeiros tem humanizado os partos, além de favorecer a redução do número de cesarianas.
A especialidade de enfermagem obstétrica é reconhecida pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde (OMS). Desde 1972, os cursos superiores de enfermagem também habilitam os profissionais para o parto. As desavenças com os médicos, no entanto, começaram depois que o Ministério da Saúde emitiu as portarias 2815/98 e 2816/98. As portarias prevêem a remuneração do parto feito por enfermeiras obstétricas, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e estipulam metas para redução de taxa de cesariana nos hospitais.
No Paraná, a Justiça federal concedeu liminar favorável ao Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren/PR) proibindo o Conselho Regional de Medicina (CRM) de se pronunciar sobre o exercício profissional de enfermeiro obstétrico.
Mirian Paiva trabalha há 25 anos como parteira."Tradicionalmente foi sempre a mulher quem realizou os partos", diz Mirian, lembrando que os médicos só ganharam espaço quando os partos passaram a ser feitos em hospitais. "Agora a enfermeira assume o papel de acompanhar todo o ciclo, desde a gravidez, o parto até o pós-parto", afirma.
A enfermeira também assume toda a responsabilidade do procedimento, pode fazer anestesia local e sutura pélvica. O médico só seria acionado em casos de partos com complicações, como a cesariana, retirada do bebê a fórceps e parto pélvico. Atualmente existem no País cerca de 3 mil enfermeiros obstétricos.
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