De acordo com uma carta enviada ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), os Estados Unidos podem atacar, também, outros países como "legítima defesa". No domingo, os norte-americanos, apoiado pelos britânicos, começaram a retaliação ao terrorismo e a caça a Osama Bin Laden, suspeito de comandar a operação terrorista que destruiu as Torres Gêmeas do complexo empresarial World Trade Center e despedaçou o Pentágono. Segundo o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, a ofensiva norte-americana já era considerada como legítima defesa depois dos atos do dia 11 de setembro. Na manhã desta terça-feira, no terceiro dia dos ataques contra o Afeganistão, os EUA atingiram um prédio da ONU (Organização das Nações Unidas) no país, matando quatro pessoas e deixando outras quatro feridas. A ONU confirmou nesta terçae, em Islamabad (Paquistão), o número de mortos e feridos, e disse que as oitos vítimas (todas com idade entre 20 e 30 anos) eram cidadãos afegãos e civis.
A decisão de atacar outros países pode vir das diversas manifestações contrárias aos ataques americanos ao Afeganistão. No protesto mais violento, milhares de radicais islâmicos saíram ontem às ruas de várias cidades do Paquistão, que faz fronteira com o Afeganistão. Os manifestantes queimaram edifícios e enfrentaram violentamente a polícia, com um saldo de um morto e oito feridos. Outra manifestação, que reuniu 10 mil pessoas, ocorreu sem incidentes na passagem fronteiriça de Shaman, entre o Afeganistão e o Paquistão. Os participantes queimaram fotos do presidente paquistanês Pervez Musharraf, que apoiou a luta antiterrorista iniciada pelos Estados Unidos. Na Caxemira indiana e na Faixa de Gaza também houve muito protesto contra os americanos. Na América Central, o governo cubano advertiu que o início das operações militares em território afegão constitui um erro estratégico e afirmou que a forma idônea de combater o terrorismo é mediante o apoio e a cooperação internacional sob a condução da Organização das Nações Unidas (ONU). Na Europa, milhares de pessoas se manifestaram em várias cidades italianas contra o bombardeio americano no Afeganistão, a pedido do Partido da Refundação Comunista e do movimento antiglobalização. Centenas de cartazes dizendo Não ao terrorismo nem às guerras, escritas em italiano, árabe e curdo foram erguidos pelos manifestantes.
Até agora foram contabilizados 25 mortos, vítimas dos ataques dos EUA. A milícia Taleban, que controla o Afeganistão advertiu que a consequência dos bombardeios norte-americanos pode vir de uma forma "grave". Em declarações à agência AIP, com sede no Paquistão, o mulá Amir Khan Muttaqi, afirmou que os talebans irão "lutar contra os norte-americanos, como fizemos com os russos", citando os dez anos de ocupação das tropas soviéticas, que tiveram que se retirar do país em 1989, depois de sofrer uma humilhante derrota. O embaixador dos talebans no Paquistão, Abdul salm Zaeef, afirmou que os bombardeios foram um "ataque terrorista contra o mundo muçulmano em seu conjunto". "Há muito tempo, os EUA, sob diferentes pretextos, atacam o povo muçulmano no mundo", disse. Segundo o embaixador Zaeef, o homem mais procurado do mundo, Osama bin Laden, está são e salvo no Afeganistão. "Sim, está vivo e está no interior do Afeganistão", declarou, apesar de se apressar a dizer que os talebans ‘não têm contatos com Osama".
No Brasil o presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu que o Brasil não está imune a uma ação terrorista. Em pronunciamento transmitido por cadeia nacional de televisão e rádio, o presidente lamentou a morte de brasileiros ocorrida no ataque terrorista contra os EUA e endossou a punição dos responsáveis pelos atentados. "Tenho tomado medidas para que, em nosso território, o terrorismo não encontre guarida para agir ou se esconder". FHC enfatizou os esforços da segurança nacional, especialmente do espaço aéreo para aumentar o rigor da segurança de aeroportos e portos brasileiros. O presidente brasileiro também cobrou uma solução racional para os conflitos entre israelenses e palestinos e defendeu o uso de instrumentos "novos" para que o terrorismo seja eliminado.
A diretoria Itaipu Binacional está limitando a entrada de ônibus de turismo na instalações da maior hidrelétrica do mundo. A determinação, colocada em prática desde esta segunda, tem como objetivo "reduzir os riscos contra o principal ponto-chave da produção energética brasileira". A Polícia Federal ampliou a vigilância no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu e continua mantendo a fiscalização redobrada na fronteira.
Segundo informações da Assessoria de Comunicação da usina, os visitantes podem utilizar apenas os cinco veículos próprios da Itaipu. Antes da medida, estavam autorizados a entrar na área ônibus pertencentes a agências de turismo ou fretado por turistas, podendo inclusive circular na passarela próxima à barragem de 7,7 mil metros de comprimento. A diretoria da usina negou qualquer ligação entre as decisões do governo Federal e a segunda maior comunidade árabe do Brasil (com 11 mil integrantes) existente em Foz, divulgando apenas que a situação está inserida na "tensão mundial provocada pelos ataques terroristas e na melhor garantia da segurança nacional". O motivo foi o mesmo divulgado em 12 de setembro, dia seguinte ao atentado contra os EUA e onde também se iniciou a proibição total dos turistas (mantida durante 19 dias). Depois de liberadas no dia primeiro deste mês, as visitas passaram a ser acompanhadas por policiais federais. O mesmo rigor está sendo usado no aeroporto da cidade. "O aumento do efetivo foi conseguido na semana passada."
Ao contrário do que foi divulgado esta segunda, a fiscalização na aduana argentina não se intensificou devido aos ataques norte-americanos contra o Afeganistão. "Ampliamos o número de policiais porque as comemorações do Dia do Descobrimento da América e do Dia das Raças foram adiantadas para hoje (segunda)", explicou o comandante da Gendarmeria (equivalente à PF no Brasil), Juan Batista Barrios, referindo-se aos dois feriados do dia 12 de outubro. Nesta segunda, a fila de carros na rodovia próxima à cidade argentina de Puerto Iguazú chegou a formar cinco quilômetros de congestionamento.
A decisão de atacar outros países pode vir das diversas manifestações contrárias aos ataques americanos ao Afeganistão. No protesto mais violento, milhares de radicais islâmicos saíram ontem às ruas de várias cidades do Paquistão, que faz fronteira com o Afeganistão. Os manifestantes queimaram edifícios e enfrentaram violentamente a polícia, com um saldo de um morto e oito feridos. Outra manifestação, que reuniu 10 mil pessoas, ocorreu sem incidentes na passagem fronteiriça de Shaman, entre o Afeganistão e o Paquistão. Os participantes queimaram fotos do presidente paquistanês Pervez Musharraf, que apoiou a luta antiterrorista iniciada pelos Estados Unidos. Na Caxemira indiana e na Faixa de Gaza também houve muito protesto contra os americanos. Na América Central, o governo cubano advertiu que o início das operações militares em território afegão constitui um erro estratégico e afirmou que a forma idônea de combater o terrorismo é mediante o apoio e a cooperação internacional sob a condução da Organização das Nações Unidas (ONU). Na Europa, milhares de pessoas se manifestaram em várias cidades italianas contra o bombardeio americano no Afeganistão, a pedido do Partido da Refundação Comunista e do movimento antiglobalização. Centenas de cartazes dizendo Não ao terrorismo nem às guerras, escritas em italiano, árabe e curdo foram erguidos pelos manifestantes.
Até agora foram contabilizados 25 mortos, vítimas dos ataques dos EUA. A milícia Taleban, que controla o Afeganistão advertiu que a consequência dos bombardeios norte-americanos pode vir de uma forma "grave". Em declarações à agência AIP, com sede no Paquistão, o mulá Amir Khan Muttaqi, afirmou que os talebans irão "lutar contra os norte-americanos, como fizemos com os russos", citando os dez anos de ocupação das tropas soviéticas, que tiveram que se retirar do país em 1989, depois de sofrer uma humilhante derrota. O embaixador dos talebans no Paquistão, Abdul salm Zaeef, afirmou que os bombardeios foram um "ataque terrorista contra o mundo muçulmano em seu conjunto". "Há muito tempo, os EUA, sob diferentes pretextos, atacam o povo muçulmano no mundo", disse. Segundo o embaixador Zaeef, o homem mais procurado do mundo, Osama bin Laden, está são e salvo no Afeganistão. "Sim, está vivo e está no interior do Afeganistão", declarou, apesar de se apressar a dizer que os talebans ‘não têm contatos com Osama".
No Brasil o presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu que o Brasil não está imune a uma ação terrorista. Em pronunciamento transmitido por cadeia nacional de televisão e rádio, o presidente lamentou a morte de brasileiros ocorrida no ataque terrorista contra os EUA e endossou a punição dos responsáveis pelos atentados. "Tenho tomado medidas para que, em nosso território, o terrorismo não encontre guarida para agir ou se esconder". FHC enfatizou os esforços da segurança nacional, especialmente do espaço aéreo para aumentar o rigor da segurança de aeroportos e portos brasileiros. O presidente brasileiro também cobrou uma solução racional para os conflitos entre israelenses e palestinos e defendeu o uso de instrumentos "novos" para que o terrorismo seja eliminado.
A diretoria Itaipu Binacional está limitando a entrada de ônibus de turismo na instalações da maior hidrelétrica do mundo. A determinação, colocada em prática desde esta segunda, tem como objetivo "reduzir os riscos contra o principal ponto-chave da produção energética brasileira". A Polícia Federal ampliou a vigilância no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu e continua mantendo a fiscalização redobrada na fronteira.
Segundo informações da Assessoria de Comunicação da usina, os visitantes podem utilizar apenas os cinco veículos próprios da Itaipu. Antes da medida, estavam autorizados a entrar na área ônibus pertencentes a agências de turismo ou fretado por turistas, podendo inclusive circular na passarela próxima à barragem de 7,7 mil metros de comprimento. A diretoria da usina negou qualquer ligação entre as decisões do governo Federal e a segunda maior comunidade árabe do Brasil (com 11 mil integrantes) existente em Foz, divulgando apenas que a situação está inserida na "tensão mundial provocada pelos ataques terroristas e na melhor garantia da segurança nacional". O motivo foi o mesmo divulgado em 12 de setembro, dia seguinte ao atentado contra os EUA e onde também se iniciou a proibição total dos turistas (mantida durante 19 dias). Depois de liberadas no dia primeiro deste mês, as visitas passaram a ser acompanhadas por policiais federais. O mesmo rigor está sendo usado no aeroporto da cidade. "O aumento do efetivo foi conseguido na semana passada."
Ao contrário do que foi divulgado esta segunda, a fiscalização na aduana argentina não se intensificou devido aos ataques norte-americanos contra o Afeganistão. "Ampliamos o número de policiais porque as comemorações do Dia do Descobrimento da América e do Dia das Raças foram adiantadas para hoje (segunda)", explicou o comandante da Gendarmeria (equivalente à PF no Brasil), Juan Batista Barrios, referindo-se aos dois feriados do dia 12 de outubro. Nesta segunda, a fila de carros na rodovia próxima à cidade argentina de Puerto Iguazú chegou a formar cinco quilômetros de congestionamento.