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EUA temem terrorismo com armas biológicas

Redação - Folha do Paraná
02 out 2001 às 09:06

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Os Estados Unidos temem novos ataques terroristas depois dos atentados do dia 11 de setembro, que destruíram as Torres Gêmeas do complexo empresarial World Trade Center e despedaçou o Pentágono. De acordo com o secretário-geral da Casa Branca, Andrew Card, a retaliação ao terrorismo e a possível guerra que se aproxima pode acelerar o desenvolvimento de armas químicas e biológicas por terroristas. "Não quero ser alarmista, mas sabemos que estas organizações terroristas (...) provavelmente têm meios para usar armas biológicas e químicas", declarou Card. Ele pediu ao povo norte-americano que fique atento e assinalou que o governo trabalha para assegurar "o contínuo fornecimento de medicamentos e produtos de imunização...". Os remédios, vacinas e máscaras de gás tiveram recorde de venda nos últimos dias.
Em meio à polêmica, as autoridades já instalaram discretamente detectores de gases tóxicos no metro de Washington, revela a Newsweek. A revista indica que os detectores fazem parte de um caro sistema de alerta para agentes tóxicos que está sendo instalado em Washington pelo departamento de Energia. O sistema deverá ser instalado em estádios, centros de convenções e outras áreas de concentração pública.
Os presidentes do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, e do Equador, Gustavo Noboa, condenaram o terrorismo, em declaração conjunta divulgada ontem, expressando solidaridade aos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que condenaram os atentados cometidos em Nova York e Washington dia 11 de setembro passado.
FHC enfatizou que o apoio de ambos os países se restringe à transferência de informação e de uma vigilância interna ante a ameaça do terrorismo. Acrescentou que "a América Latina é um exemplo para o mundo, em termos de convivência pacífica entre nações e povos".
Em Foz do Iguaçu, a Itaipu Binacional reabriu ontem suas instalações para visitas depois de ficar 19 dias fechada em virtude da "tensão mundial" provocada pelos atentados terroristas aos Estados Unidos. A retomada da visitação foi marcada com o reforço na segurança interna, que agora conta com apoio de agentes da Polícia Federal no Centro de Recepção de Visitantes e mais rigor na entrada de turistas.
Dois agentes federais permanecem no saguão da usina supervisionando o movimento das excursões. Os policiais têm autorização para fazer abordagens quando acharem necessário, seja pedindo documentos de identificação ou submetendo os eventuais suspeitos a um dectetor de metais. As pessoas sem a devida documentação são impedidas de entrar na hidrelétrica.
Ontem, dos 1.215 visitantes, pelo menos dez foram proibidos de entrar porque estavam sem a identidade ou passaporte (naturais do Chile, Argentina, Paraguai e Uruguai estão isentos dessa obrigação). Eles precisam, ainda, fornecer o número da carteira de identidade, passaporte e o país de origem aos recepcionistas.
Outra medida preventiva é a vistoria nos ônibus que levam os grupos até a barragem. Um vigia da usina revista o bagageiro e a parte inferior do veículo, com um espelho. Os visitantes também foram orientados a deixar sacolas e mochilas no interior dos ônibus antes de descerem no mirante da hidrelétrica.
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