O ex-sargento da Polícia Militar Jorge Luiz Martins depôs ontem na CPI da Telefonia e confirmou as denúncias do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana de escutas telefônicas e investigação de atos de clientes do Banco HSBC, funcionários e diretores. Também foi confirmada a quebra de sigilo fiscal e telefônico. A utilização de policiais militares e civis em investigações e prisões feitas por funcionários do HSBC foi citada como usual, costumeira. Comandantes da PM foram apontados como beneficiários na manutenção de investigadores dentro da instituição bancária.
Os serviços da P-2 (polícia secreta da PM) teriam sido utilizados por diversas vezes. O próprio ex-sargento trabalhava na P-2 em 1994 quando foi transferido para o departamento de assuntos internos do HSBC. A designação teria tido o aval dos coronéis Sérgio Itamar Alves e Sérgio Malucelli, ambos atualmente na reserva. Em troca dos serviços do policial, o HSBC quitava contas da PM com festas, pagamento de gasolina e manutenção de viaturas. "Era como se tivéssemos uma polícia privada trabalhando dentro do banco. Cumpríamos mandado de prisão, busca e apreensão. Havia sim uma polícia paralela dentro do banco. E tínhamos êxito de quase 100% em todas as nossas operações", contou.
Martins foi demitido em fevereiro de 2000, quando começou a ter problemas pessoais com o chefe de segurança, Florindo de Lima. Ele entrou com uma ação trabalhista contra o HSBC e teria sido punido com um inquérito policial dentro da PM. O coronel Guaraci Moraes Barros, ex-comandante da Polícia Militar, chegou a admitir por escrito que tinha conhecimento da designação do ex-sargento para trabalhos junto ao HSBC. Ele mesmo teria dado o aval para que Martins continuasse no banco.
A PM ainda fornecia placas frias para os carros do HSBC. Os comandantes e coronéis de batalhões eram responsáveis, segundo as declarações do ex-sargento, por verdadeiros cursos de arapongagem. "Eles davam cursos na área de segurança em todo o Brasil. Sobre informação e contra-informação", garantiu. Entre os coronéis que dariam os cursos, Martins citou o coronel Donizete Ribeiro, que confessou junto à Justiça Militar saber da destinação do ex-sargento para trabalhos internos do banco.
Outros coronéis teriam mantido contatos estreitos com o departamento de segurança, recebendo recursos por notas fiscais diversas apresentadas. Entre eles, foi citado o coronel Justino Henrique Sampaio Filho, que assume na quinta-feira, em Londrina, o cargo de comandante do Policiamento do Interior.
Os serviços da P-2 (polícia secreta da PM) teriam sido utilizados por diversas vezes. O próprio ex-sargento trabalhava na P-2 em 1994 quando foi transferido para o departamento de assuntos internos do HSBC. A designação teria tido o aval dos coronéis Sérgio Itamar Alves e Sérgio Malucelli, ambos atualmente na reserva. Em troca dos serviços do policial, o HSBC quitava contas da PM com festas, pagamento de gasolina e manutenção de viaturas. "Era como se tivéssemos uma polícia privada trabalhando dentro do banco. Cumpríamos mandado de prisão, busca e apreensão. Havia sim uma polícia paralela dentro do banco. E tínhamos êxito de quase 100% em todas as nossas operações", contou.
Martins foi demitido em fevereiro de 2000, quando começou a ter problemas pessoais com o chefe de segurança, Florindo de Lima. Ele entrou com uma ação trabalhista contra o HSBC e teria sido punido com um inquérito policial dentro da PM. O coronel Guaraci Moraes Barros, ex-comandante da Polícia Militar, chegou a admitir por escrito que tinha conhecimento da designação do ex-sargento para trabalhos junto ao HSBC. Ele mesmo teria dado o aval para que Martins continuasse no banco.
A PM ainda fornecia placas frias para os carros do HSBC. Os comandantes e coronéis de batalhões eram responsáveis, segundo as declarações do ex-sargento, por verdadeiros cursos de arapongagem. "Eles davam cursos na área de segurança em todo o Brasil. Sobre informação e contra-informação", garantiu. Entre os coronéis que dariam os cursos, Martins citou o coronel Donizete Ribeiro, que confessou junto à Justiça Militar saber da destinação do ex-sargento para trabalhos internos do banco.
Outros coronéis teriam mantido contatos estreitos com o departamento de segurança, recebendo recursos por notas fiscais diversas apresentadas. Entre eles, foi citado o coronel Justino Henrique Sampaio Filho, que assume na quinta-feira, em Londrina, o cargo de comandante do Policiamento do Interior.