Na mesma região de Campina Grande do Sul onde foram apreendidos quatro papagaios-de-cara-roxa, a Polícia Florestal checou outras denúncias de crime ambiental, com relação a áreas de desmatamento na região da Serra do Mar. Foram vistoriadas duas fazendas, onde foram encontrados aproximadamente 20 hectares de desmatamento em mata nativa. Como os fiscais não encontraram nenhum respensável pelas áreas, os nomes das fazendas são mantidos em sigilo até que o crime seja confirmado.
"São várias áreas desmatadas onde antes existiam madeiras nobres. Se a denúncia for consumada, os donos das fazendas podem ser enquadrados em crime de corte de vegetação (florestas) em Área de Preservação Permanente, previsto no Código Florestal e Lei Federal 9605", explicou o biólogo da SPVS, Tiaraju Fialho. "O desmatamento favorece a entrada de pessoas interessadas em retirar espécies animal e vegetal protegidos por lei ambiental, além de ser um prejuízo para a natureza," complementou Tiaraju.
O sargento Garcia, da Polícia Florestal, explicou que os donos das propriedades serão comunicados e se não se manifestarem serão processados pelos crimes previstos em lei.
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A fiscalização faz parte da "Campanha de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres", da SPVS. O principal alvo da campanha é combater o tráfico do papagaio-de-cara-roxa, ave em extinção que vive principalmente na região da Mata Atlântica do litoral paranaense. Desenvolvida há quatro anos, além da presevação do papagaio, a campanha tem outras duas áreas de atuação: educação ambiental e pesquisa.
O cerco ao tráfico intensifica-se no verão por dois motivos. É o período de reprodução do papagaio e por ser uma época que aumenta o comércio ilegal no litoral do Paraná.