A Secretaria de Estado da Justiça deve abrir, no próximo mês, licitação para o fornecimento de refeições para oito penitenciárias paranaenses.
O objetivo da terceirização, de acordo com o governo, é reduzir custos e acabar com risco de utilização dos equipamentos de cozinha, em conflitos entre internos ou em rebeliões.
Segundo o secretário, a terceirização da alimentação trará muitas vantagens para as unidades penais.
Leia mais:
Chuvas quintuplicam vazão das Cataratas do Iguaçu nesta segunda
Romaria Diocesana de Apucarana deve atrair mais de 20 mil pessoas no início de 2025
Homem que entrou atirando em bar de Ibiporã é condenado por três mortes e duas tentativas de homicídio
Chuva do fim de semana supera em até 84% a média mensal em regiões do Paraná
"A cozinha do presídio é transformada em centro nervoso quando ocorrem as rebeliões", afirma o secretário Aldo Parzianello, lembrando que, além de facas, os botijões de gás são bombas em potencial na ameaça dos presos.
A terceirização permitirá também que os agentes penitenciários que trabalham nas cozinhas retornem para as funções de vigilância e o espaço destinado a ela e ao almoxarifado sejam transformados em canteiros de obras.
Custos – Os custos com a alimentação produzida dentro do presídio alcançam quase R$ 1 milhão ao mês, fora o desperdício pela escassez de funcionários qualificados para o serviço.
Além de reduzir o desperdício, a preparação em quantidades adequadas diminui o comércio de alimentos entre os internos, acredita a Secretaria.
De acordo com levantamento do governo, para colocar as cozinhas nas condições adequadas, só os reparos físicos consumiriam seis meses de trabalho e estão orçados em R$ 580 mil.
Seria necessária também a aquisição de equipamentos e utensílios, o que representaria um gasto de R$ 1,2 milhão.
"A economia também contribuirá para a operacionalização imediata da Penitenciária de Ponta Grossa e da Penitenciária Metropolitana de Curitiba", diz Parzianello.
A licitação será aberta para todo o país. Devem ser contratadas duas empresas para o fornecimento em Curitiba e uma empresa diferente para cada município do interior que abriga uma unidade penal.