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Funcionários e pais protestam contra terceirização de creches

Redação - Folha do Paraná
14 mai 2001 às 16:45

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Funcionários e pais ligados às 26 creches da Prefeitura de Curitiba que terão seus serviços terceirizados realizaram um protesto, pela manhã, em frente à prefeitura. Em seguida partiram em passeata até a Boca Maldita, com cartazes e carro de som denunciando a situação à população.

A secretária municipal da Criança, Dacylia Vieira dos Santos, propôs a realização de uma reunião com representantes dos funcionários.

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Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sismuc) Mário Casassa, "na reunião a prefeitura tentaria apenas convencer a categoria sobre sua proposta". Por isso, os 150 participantes da manifestação preferiram aguardar o pronunciamento da secretária, marcado para as 16 horas desta terça-feira na Câmara Municipal.

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Edital publicado pela prefeitura no último dia 10 prevê a realização de licitação para contratação de empresas privadas que iriam gerenciar 26 creches da rede municipal. O município alega que o processo não trará queda no atendimento às crianças, redução de empregos e nem acréscimo nos valores pagos pela comunidade. O processo, entretanto, está gerando bastante polêmica entre os envolvidos. Desde a divulgação do projeto, diversas creches já realizaram manifestações.

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"Ao invés de privatizar, o prefeito devia cumprir sua promessa de campanha de aumentar o número de creches", cobra Casassa. Uma das preocupações dos pais e funcionários refere-se ao investimento nas creches. Hoje, a prefeitura repassa R$ 140,00 às creches por criança. Pelo edital, a empresa privada receberá no máximo R$ 80,00.


Atualmente, os pais pagam uma taxa mensal que varia entre R$ 5,00 e R$ 10,00 para a manutenção dos filhos na creche. Eles temem que essa taxa chegue a R$ 90,00 no novo processo. Noventa e cinco por centro dos pais não têm condições financeiras de pagar uma taxa superior a R$ 10,00 para a manutenção do filho numa creche, já que a maioria é de classe média-baixa e baixa.


A prefeitura nega que esteja ocorrendo um processo de privatização. A idéia seria apenas repassar a administração por um ano para as empresas privadas e relocar os 465 funcionários que trabalham nestas unidades para outras creches municipais. As empresas vencedoras terão que se responsabilizar pelo pagamento e contratação de funcionários e manutenção das creches.

Leia mais em reportagem de Maigue Gueths, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta terça-feira


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