O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), prendeu em flagrante, na tarde de quinta-feira (14), três acusados de extorsão. Um deles é o delegado aposentado da Polícia Civil Paulo Roberto Padilha, o segundo é o sargento da Polícia Militar do Paraná (PM) Cléverson de Moura e o outro é o Guarda Municipal (GM) Erivan Passos da Silva, que atua na Capital.
As prisões aconteceram em um posto de combustíveis no km 22 da BR-116, em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba. De acordo com o coordenador estadual do Gaeco, o procurador de Justiça Leonir Batisti, as investigações iniciaram há cerca de um mês, quando duas pessoas procuraram a equipe do Gaeco e disseram ser vítimas de chantagem. "Elas contaram que, caso não pagassem R$ 25 mil, essas três pessoas iriam prendê-las. (Os acusados) falaram que plantariam drogas, o que para eles não custaria nada, pois já seriam ligados ao tráfico", relatou.
Batisti afirmou que as duas pessoas chegaram a pagar R$ 1.900 ao grupo. Quando o delegado aposentado, o sargento e o guarda foram pegar outra parte do dinheiro, porém, acabaram detidos em flagrante. "No dia de ontem, elas (vítimas) pegaram só R$ 400, que era o que tinham, e foram, a pedido dessas pessoas, levar o dinheiro. Foi aí que ocorreu a prisão".
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Os três suspeitos, todos detidos em flagrante, seguem presos e ficarão à disposição da Justiça.
Procurada pela reportagem, a Polícia Militar (PM) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que atuou em parceria com o Gaeco na ação. Segundo a PM, a própria corporação já investigava Moura há algum tempo e teria fornecido todas as informações necessárias para o grupo prendê-lo. Ainda de acordo com a PM, além do processo judicial, haverá um procedimento interno para apurar as responsabilidades do sargento no caso e tomar as medidas que forem cabíveis.
A Prefeitura também informou que a Guarda Municipal está acompanhando de perto a situação e que deve abrir um inquérito para investigar a participação de Silva no caso.
Já a Polícia Civil emitiu uma nota explicando que o delegado aposentado não tem mais qualquer vínculo com a instituição. "Padilha deve ser tratado em matérias jornalísticas como delegado aposentado, ex-delegado ou simplesmente advogado, ou seja, sem vínculo algum com a Polícia Civil", diz trecho do documento. (Atualizado às 21h39)