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Governo começa a punir PMs envolvidos no protesto

Redação - Folha do Paraná
26 jul 2001 às 20:42

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O comando da Polícia Militar no Paraná já começou a punir os policiais envolvidos no protesto das mulheres que bloqueou o Quartel Geral da corporação em Curitiba. Por determinação do coronel Gilberto Foltran, os responsáveis de cada corporação estão verificando quais soldados serão penalizados por descumprirem o regulamento interno, que impede manifestação dos policiais.

De acordo com o setor de comunicação da PM, por enquanto apenas um policial está preso por agressão. O soldado Reinado Fróes enfrentou seus colegas para evitar a retirada das mulheres na última terça-feira.

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A decisão de punir os revoltosos faz parte da estratégia do comando de retomar o controle da tropa. Somente no 12º Batalhão da Polícia Militar (BPM) serão punidos três soldados. Essas e outras punições vão servir como exemplo. No entanto, o comando pretende, ao mesmo tempo em que penaliza, mostrar que está disposto a negociar.

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O coronel Gilberto Foltran iniciou um trabalho de relações públicas com a corporação. Para tentar retomar a confiança do setor operacional, ele vai conversar com os soldados e sargentos de cada corporação. Pela manhã, Foltran esteve com policiais do Batalhão de Trânsito. E de tarde, conversou com os integrantes do 12º BPM.

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Foltran disse aos soldados que as reivindicações das mulheres foi justa, mas ele questionou a forma como foi feita. O comandante da Polícia Militar afirmou que o governo está disposto a negociar. O coronel repetiu à corporação a proposta do governador Jaime Lerner - que no começo da noite estava reunido com o presidente Fernando Henrique Cardoso, conversando sobre a crise na Polícia Militar.


O governo estadual oferece R$ 100,00 de gratificações aos policiais que exercerem serviços extraordinário na rua e nos presídios. "Essa não é a proposta que queremos para os policiais", reclamou Vânia Zanella, mulher de PM. Ela contou que uma nova reunião das mulheres deve acontecer em Curitiba nesta sexta-feira.

Segundo Vânia, elas planejam realizar caravanas no interior para tentar arregimentar outras mulheres de policiais. "A briga não acabou, ainda estamos na área", avisou Mari Santos.


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