Às vésperas de completar quatro meses de greve, as universidades estaduais do Paraná passam para a história como a mais longa paralisação em massa já registrada no Brasil de um setor. A informação foi confirmada pelo professor de História Hélio da Costa, da Escola Sindical mantida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo. Além da Universidade Estadual de Londrina (UEL), estão paralisadas as atividades nas universidades de Maringá (UEM) e do Oeste do Paraná (Unioeste).
Segundo Costa, além de pequenas mobilizações isoladas – como a dos funcionários da fábrica de Biscoitos Aymoré em 1960, que totalizou cinco meses de protesto – não há registro de um movimento grevista que tenha se estendido por tanto tempo. ‘Além do levante das universidades federais (que durou 107 dias e foi encerrado em dezembro), houve uma greve dos bancários na era Vargas, em 1951, que durou 73 dias. Não me recordo de haver outra grande paralisação tão demorada’, disse o professor, por telefone, que pesquisa o assunto para apresentá-lo na escola da CUT.
Entre os principais destaques da história do movimento sindical no País, estão a greve de 1953, quando 300 mil trabalhadores de diversas categorias cobraram reajuste salarial em São Paulo durante 24 dias; e a dos operários paulistas em 1979, quando cerca de três milhões de pessoas cruzaram os braços por 12 dias.
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