Procuradores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), de Brasília, vão examinar o inquérito da Polícia Federal de Paranaguá, que investiga a conivência de funcionários do órgão no corte ilegal de palmito. A polícia apurou que cerca de 30 mil unidades do produto foram retiradas da fazenda do Ibama em Antonina (Litoral do Estado), desde setembro do ano passado, e acredita que funcionários do instituto no Paraná estejam envolvidos.
Dez pessoas já foram presas e documentos que confirmam a retirada do palmito da Fazenda Bom Jesus, administrada pelo Ibama há três anos, foram apreendidos em duas fábricas do litoral. Além de funcionários das empresas Floresta e Tropical Alimentos, foi detido também o gerente de vigilância da empresa Sentinela, responsável pela segurança do local e acusada de permitir a retirada do palmito. Todos já foram liberados, mas respondem a inquérito.
A Polícia Federal anunciou que vai indiciar funcionários do Ibama, mas ainda não confirmou nomes. Para esclarecer o caso, o presidente do Ibama Hamilton Casara designou os procuradores José Batista Lima e Ronaldo Loes para analisar o inquérito e levar as conclusões para Brasília para que medidas possam ser tomadas. Eles chegam em Paranaguá na próxima segunda-feira e devem se encontrar com o delegado Ronaldo Pianowski, responsável pelas investigações.