Recentemente, a Earthlink anunciou um serviço bidirecional de acesso à Internet via satélite. A idéia tem muitos pontos fortes, mas não vai decolar se a empresa não corrigir um “bug”: o preço. A assinatura mensal da novidade nos Estados Unidos está sendo vendida por um valor razoável – menos de US$ 70 por 400 kbps para download e 128 Kbps para upload -, mas o problema está no equipamento necessário para conseguir o acesso, que não sai por menos de US$ 900.
Poucas pessoas desembolsarão todo esse dinheiro, ainda mais por ser bem sabido que o preço deve cair rapidamente nos primeiros 12 meses de vida do serviço, à medida que a base instalada cresce. Além do mais, as companhias de cabo podem oferecer acesso em alta velocidade por um valor bem mais competitivo.
No momento, a Earthlink está oferecendo os três meses iniciais gratuitamente para os primeiros 500 clientes. Mas mesmo esse desconto de US$ 210 pode não ser o bastante – deve-se pagar US$ 690 (contando com a sorte para realmente estar entre os primeiros assinantes) ou esperar mais um ano e provavelmente pagar menos de US$ 500? No fim, o acesso via satélite tornou-se um problema do tipo “o ovo e a galinha”: os preços devem cair dramaticamente se muitas pessoas assinarem o serviço, mas como as empresas esperam conseguir muitos clientes com preços iniciais tão elevados?
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