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Tóxico

Líquido que matou operários em Jacarezinho é analisado

Redação Folha de Londrina
06 jan 2007 às 18:08

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O Laboratório de Toxicologia do Paraná, em Curitiba, irá analisar o líquido que provocou a morte de três operários na indústria BBA (Brazilian Bile Acid), em Jacarezinho (Norte Pioneiro). O perito do Instituto Médico Legal (IML) do município, Jorge Yasbick, disse que enviou amostras e pediu rapidez nos exames devido à repercussão pública do caso.

O incidente ocorreu na última quarta-feira, quando o auxiliar de produção Ênio Gonçalves de Oliveira, 24 anos, teria caído em um tanque de destilação de água da fábrica da BBA, que trabalha com processamento de bílis bovina. Outros dois funcionários, Carlos Alberto Pereira, 29 anos, e Fernando Bitencourt Campos, 33 anos, teriam entrado no tanque para tentar salvar o colega, de acordo com o relato de testemunhas.

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Yasbick constatou que a causa das mortes foi ''asfixia por inalação de líquido venenoso''. Entretanto, a natureza desse líquido ainda é desconhecida. ''Os operários também sofreram queimaduras químicas por todo o corpo, pela imersão no líquido. As chances de sobrevivência eram mínimas, pois a hemorragia interna foi violenta'', assinalou. Segundo o perito, a substância era corrosiva.

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Em reportagem publicada nesta segunda-feira, representantes da BBA declararam à FOLHA que o tanque, com capacidade para 25 mil litros, continha água neutralizada ''com um pouco de gordura animal originada da bílis de boi''. A decomposição dessa matéria orgânica poderia ter liberado os gases tóxicos. A fábrica só deve reabrir na segunda-feira.


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