Uma estudo populacional constatou que 54,11% dos curitibanos têm colesterol alto, ou seja, mais do que a taxa de colesterol total considerada limite, que é de 200 miligramas por decilitro de sangue.
A pesquisa, realizada com homens e mulheres a partir dos 30 anos, foi coordenada pela cardiologista Maria do Rocio Peixoto de Oliveira, em conjunto com alunos de graduação de Medicina da Universidade Federal do Paraná e voluntários da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Maria do Rocio, médica da Clínica Cardiológyca Costantini, diz que a alimentação descontrolada é o principal vilão. Segundo ela, cerca de 30% do colesterol que circula pelo corpo é resultado do que se come.
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Na opinião da médica, o excesso de gordura, comum na culinária brasileira, justifica o nível elevado de colesterol na população.
O alto nível de colesterol, principalmente a fração LDL, responsável pela formação de gorduras nas artérias, pode causar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, as que mais causam mortes em Curitiba.
O Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde registrou uma oscilação entre 20,8% e 25,7% no percentual de óbitos causados pelas DCVs entre 1996 e 2001 na capital.
De acordo com Maria do Rocio, as doenças cardiovasculares desenvolvem-se quando a gordura forma placas sólidas que podem obstruir as artérias do coração ou cérebro, levando, respectivamente, a um infarto ou derrame.
"Se o colesterol elevado vier acompanhado de um ou mais fatores de risco, como a hipertensão arterial, o diabetes, a obesidade, o estresse e o sedentarismo, as chances de desenvolver eventos cardiovasculares tornam-se ainda maiores", diz a especialista.
A cardiologista afirma que realização de exames periódicos, o abandono de vícios como o cigarro e bebidas alcoólicas e a adoção de uma vida saudável são medidas simples que podem ajudar a manter os níveis de colesterol.