O major Ademar Benenuto Moletta, que comandou a ação da tropa de choque, na última quinta-feira, que culminou com o uso de gás lacrimogênio contra as mulheres de policiais militares e prisão de duas delas, foi promovido, no mesmo dia, a tenente-coronel.
Com isso, ele sai do cargo de comandante da Companhia de Choque para posto ainda não definido. Em seu lugar, foi nomeado provisoriamente o capitão Milton Fadel, que já atuava na tropa de choque.
A promoção de Moletta faz parte de um pacote com a promoção de 745 policiais civis e militares, prevista em dois decretos assinados pelo governador Jaime Lerner. Os benefícios contemplam 631 policiais civis e 114 militares com ascensões na carreira e consequentes aumentos salariais.
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"É um ato de justiça, de lealdade e de reconhecimento àqueles que se aliam ao esforço do governo do Estado em oferecer tranquilidade à população", disse Lerner.
A assinatura do decreto com a promoção do major Moletta exatamente no dia de sua atuação no movimento das mulheres dos PMs foi uma coincidência. A tropa de choque foi acionada para garantir a entrada dos veículos da PM no Centro de Suprimento e Manutenção (CSM) da Pollícia em Curitiba.
A instrução do chefe do Comando de Policiamento da Capital coronel Aramis Serpa teria sido para que a tropa não usasse de violência. Na ação, entretanto, a polícia usou gás lacrimogênio e prendeu duas mulheres.
Informações internas dão conta de que esta atitude da tropa de choque está sendo cobrada, e que alguns setores querem a punição do tenente-coronel Moletta por este ato.
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