Os 2,5 mil metalúrgicos do primeiro turno da fábrica da Bosch em Curitiba rejeitaram na manhã desta sexta-feira (17) a proposta apresentada pela empresa para demissões em massa, que pode atingir cerca de 400 trabalhadores. No total, 3,6 mil pessoas trabalham no local.
Os motivos do desligamento seriam a crise financeira mundial, os custos para a adaptação ao novo padrão de motor exigido no Brasil, com menos emissão de poluentes, e a retração no mercado de motores a diesel no país.
Para aceitar as demissões, os metalúrgicos reivindicam dois salários-base para quem tem até 15 anos de empresa, 2,5 salários-base para quem tem até 20 anos de empresa e três salários para aqueles que têm mais de 20 anos.
Leia mais:
Chuvas quintuplicam vazão das Cataratas do Iguaçu nesta segunda
Romaria Diocesana de Apucarana deve atrair mais de 20 mil pessoas no início de 2025
Homem que entrou atirando em bar de Ibiporã é condenado por três mortes e duas tentativas de homicídio
Chuva do fim de semana supera em até 84% a média mensal em regiões do Paraná
A proposta da Bosh é de um salário nominal para trabalhadores com um a dez, dois salários para dez a 20 anos e 10% do salário por ano trabalhado para que tem mais de 20 anos de casa.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), Sérgio Butka, a empresa tem até a próxima terça-feira (21) para concordar com a proposta dos trabalhadores. Ele afirmou que, caso ocorram demissões nestas 48h, paralisações não estão descartadas. "A partir desta data não aceitaremos mais acordo para demissão e iremos insistir na manutenção dos empregos", disse.
A atitude da Bosch, segundo Butka, contrasta com acordos recentes fechados com Volvo e Case New Holand (CNH), "onde houve bom senso para os mais de 300 empregos extintos neste ano".
De acordo com o sindicato, a Bosch realizou mais de 500 demissões entre janeiro e agosto. O número considera apenas os desligamentos realizados via SMC.