Manifestantes fizeram por volta das 15 horas desta sexta-feira (16) mais um protesto na BR-277, em Campo Largo. Desta vez, além de pedirem a construção de uma trincheira na rodovia, na área urbana do município, e de pedirem a abertura de um retorno na estrada na altura do km 10, os moradores protestaram contra a prisão dos líderes presos no protesto de quarta-feira (14).
Naquele dia, durante a tarde, cerca de 500 pessoas participaram de uma manifestação para reivindicarem melhorias na rodovia. Porém, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma liminar da Justiça impedia os membros do grupo de fecharem a rodovia. Com a interdição da pista, sete líderes foram presos e levados para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba.
Um dos manifestantes presos e organizador da primeira manifestação era o ex-vereador de Campo Largo Nelson da Silva, o Nelsão. Os sete foram presos por formação de quadrilha, dificultar funcionamento do transporte público, desobedecer à ordem judicial e resistência à prisão.
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No protesto desta sexta-feira, a esposa de Nelsão, Fernada Queiroz, é a organizadora do protesto. Ela diz que a manifestação é uma "caminhada pelo fim da injustiça". Eles pedem a soltura dos presos e consideram injusta a prisão, em especial por formação de quadrilha. "Eles estão na cela e incomunicáveis", disse Fernanda. Os manifestantes acusam que os familiares não conseguem ter contato com os presos.
Desta vez, não há intenção de fechar a BR-277. Segundo a concessionária CCR Rodonorte, o tráfego flui bem na rodovia e não há informações de bloqueios realizados por manifestantes. A PRF confirmou também que não houve interdições.
A Superintendência da Polícia Federal em Curitiba disse, via assessoria de imprensa, que os detentos permanecem presos sem previsão de soltura. Sobre o contato dos sete líderes com os familiares, a PF diz que o horário de visitas ocorre apenas na quarta-feira, entre as 14h e 17h.
O coordenador de Comunicação Social da PRF, Inspetor Wilson Martines, argumenta que as prisões foram feitas após várias tentativas de acordo. "Os motivos pelas prisões foram tão bem amarrados que os sete permanecem presos e eles poder ter acesso a advogados", diz. Martines alerta que se houver novo bloqueio, os manifestantes podem ser presos.(atualizado às 18h00)