A mãe prepara a papinha de legumes do bebê e acrescenta parte da gema do ovo, seguindo recomendação médica por ser fonte de ferro. Apesar do cuidado, a combinação não é a mais adequada para que o organismo possa absorver os nutrientes dos alimentos oferecidos.
O mesmo acontece quando se procura enriquecer uma omelete acrescentando queijo ou talos de verduras, ou quando se consome leite e seus derivados durante as principais refeições.
''A ingestão concomitante de alimentos ricos em cálcio (presente no leite e derivados) e em ferro (de origem vegetal, encontrado nas leguminosas e feijões, e na gema do ovo) promove uma competição entre eles diminuindo a absorção do ferro'', afirma a coordenadora do curso de nutrição da Universidade Norte do Paraná (Unopar) Cristina Tomasetti.
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A professora justifica a preocupação com a absorção do ferro pelo organismo, já que a anemia é considerada um problema de saúde pública no Brasil, principalmente entre escolares e gestantes. ''A anemia carencial por falta de ferro é bastante comum e atinge também a população de maior poder aquisitivo'', afirma a coordenadora.
O consumo de leite e seus derivados é recomendado no café da manhã, lanche e ceia, acompanhados de alimentos chamados de carboidratos complexos que são pães, biscoitos sem recheio e frutas. No caso da introdução da gema de ovo no cardápio do bebê, a nutricionista aconselha que seja feita junto com a ingestão de uma fruta ou de suco de frutas e não junto com a papa de legumes, que podem reduzir a absorção do ferro.
Se por um lado a baixa absorção de ferro preocupa, o consumo elevado desse mineral promove a formação de radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento precoce e o surgimento de doenças crônicas como hipertensão arterial e câncer. Uma das principais fontes de ferro são as carnes que, consumidas em excesso, promovem o aumento da taxa de gordura e ácido úrico no sangue. ''A quantidade recomendada é cerca de 200 gramas de carne por dia, que correspondem a dois bifes pequenos'', explica Cristina.
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